21/09 -
Desenrola: fase dos leilões começa na segunda; expectativa é renegociar até R$ 79 bilhões de dívidas
Esse volume abrange apenas as dívidas de até R$ 5 mil reais. Previsão é que plataforma do programa abra para público no final de setembro. Interessados precisam ter conta gov.br A próxima fase do Desenrola, programa criado pelo governo federal para a renegociação de débitos, terá início na próxima segunda-feira (25), de acordo com o Ministério da Fazenda.
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Será a etapa dos leilões, em que as empresas inscritas no programa deverão informar quanto de desconto estão dispostas a conceder para cada consumidor. Quem oferecer os maiores descontos terá a garantia do programa.
Os leilões serão feitos por lotes, de forma a agrupar dívidas de perfis semelhantes. Por exemplo: setor de atuação da empresa (como água, energia e telefone), valor das dívidas, tempo de negativação, entre outros.
Segundo o ministério, poderão ser renegociados quase R$ 79 bilhões de dívidas de até R$ 5 mil.
G1 em 1 Minuto: Nova fase do programa Desenrola renegociará dívidas de até R$ 5 mil
Neste momento, o objetivo do Desenrola é renegociar as dívidas do público da faixa 1, composta por quem:
tem renda de até R$ 2.640 (dois salários mínimos) ou está inscrito no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico) e
tem dívidas de até R$ 5 mil negativadas até 31 de dezembro de 2022.
A pasta ainda não informou a data em que a plataforma do programa estará disponível para as pessoas interessadas na renegociação. A previsão é que isso aconteça no final de setembro.
Por enquanto, os interessados devem se inscrever no gov.br. Sem esse cadastro, não será possível acessar o sistema para realizar a renegociação. Veja como se cadastrar:
Tramitação no Congresso
O governo enfrenta ainda outro dilema: a medida provisória que criou o programa vence no início de outubro.
Devido a uma discordância entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quanto à forma de tramitação das MPs, o conteúdo da matéria foi transferido para um projeto de lei - que ainda aguarda análise pelo Senado Federal.
Técnicos do Ministério da Fazenda e do governo no Senado explicaram que, se o parlamento não concluir a análise do tema até dia 03 de outubro, o programa vai parar em um "limbo jurídico".
Apesar disso, o ministério diz que manterá o cronograma previsto para o Desenrola.
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21/09 -
Alckmin sanciona com vetos lei que dá vantagem ao governo em caso de empate no Carf
Projeto dá voto decisivo aos presidentes das turmas em caso de empate. Cargos são indicados pela União e ocupados por representantes da Fazenda. Presidente em exercício, Geraldo Alckmin sancionou lei do Carf
Cadu Gomes/VPR
O governo federal sancionou com vetos, nesta quinta-feira (21), a lei que determina o retorno do voto de qualidade no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). Na prática, a lei dá mais poder à União e a equipe econômica estima a possibilidade de arrecadar até R$ 50 bilhões com a medida.
O texto foi sancionado pelo vice-presidente e presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB) – pela viagem de Lula à ONU. Segundo o texto, os casos de julgamento com empate terão voto decisivo (voto de qualidade) dos presidentes das turmas da Câmara Superior de Recursos Fiscais, das câmaras, das suas turmas e das turmas especiais.
Entenda o que é o Carf e quais suas atribuições
Esses cargos são indicados pela União e ocupados por representantes da Fazenda, conforme determina lei de 1972.
O Carf surgiu em maio de 2009 com a fusão de três conselhos e tem como função julgar disputas entre governo e contribuintes sobre impostos e é formado por representantes tanto da Fazenda quanto dos contribuintes.
Contando titulares e suplentes, o Carf tem 90 conselheiros, divididos em três seções.
O que diz a lei
A lei foi aprovada no Senado em 30 de agosto e aguardava sanção presidencial. À época, os senadores não mudaram o conteúdo da versão aprovada pela Câmara em julho.
Alckmin sancionou trecho da lei que exclui multas e cancela representações fiscais em casos de crimes contra a ordem tributária e contra a previdência social se o processo no Carf for resolvido a favor da Fazenda pelo voto de qualidade.
Entre os vetos, Alckmin retirou da lei artigo que determinava envio de litígio entre autoridades fiscais ou aduaneiras e órgãos reguladores para a Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Pública Federal.
Outro trecho vetado dava ao Procurador-Geral da Fazenda Nacional o poder de regulamentar o artigo 3, que versa sobre créditos inscritos em dívida ativa da União em discussão judicial.
Foram barrados na íntegra as partes que alteravam parte da Lei de Execução Fiscal, sobre garantias apenas do valor principal atualizado da dívida a quem tiver dívida executada pela União; e artigo que determinava à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil disponibilizar métodos preventivos para a autorregularização de tributos.
[Esta reportagem está em atualização]
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21/09 -
Confira as vagas de emprego disponíveis em Petrolina, Araripina e Salgueiro nesta quinta-feira (21)
As vagas são disponibilizadas diariamente pela Agência do Trabalho de Pernambuco. Carteira de Trabalho e Previdência Social
Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Agência de Trabalho de Pernambuco divulgou as vagas de emprego disponibilizadas paras os municípios de Petrolina, Araripina e Salgueiro , no Sertão de Pernambuco, nesta quinta-feira (21). As oportunidades são atualizadas diariamente pelo g1 Petrolina.
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Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Sedepe através da internet. O atendimento na agência de Salgueiro é feito a partir de um agendamento prévio, feito pelo site da secretaria. Em Petrolina e Araripina basta ir até a Agência de Trabalho.
Petrolina
Contato: (87) 3866 - 6540
Vagas disponíveis
Salgueiro
Contato: (87) 3871 - 8467
Vagas disponíveis
Araripina
Contato: (87) 3873 - 8381
Vagas disponíveis
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Nova lei da igualdade salarial: saiba os principais pontos
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21/09 -
De onde vem o que eu como #57: Sorvete
Episódio explica a história da sobremesa e conta qual é a diferença entre gelato e sorvete. Conheça a produção de gelato agrícola. CLIQUE ACIMA PARA OUVIR
Você pode ouvir o "De onde vem o que eu como" no Globoplay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga o “De onde vem” para ser avisado sempre que tiver novo episódio.
O sorvete já existia muito antes da geladeira. Mas como isso é possível? O podcast explica!
Neste episódio do podcast De onde vem o que eu como, você vai conhecer:
A história do sorvete e quais são os ingredientes principais;
A diferença entre sorvete e gelato;
A produção de gelato agrícola e o que esse termo quer dizer.
E mais: será que podemos consumir sorvete todo dia? É só clicar no play para ficar sabendo!
O podcast '"De onde vem o que eu como" é produzido por: Mônica Mariotti, Luciana de Oliveira, Carol Lorencetti e Eto Osclighter.
Apresentação deste episódio: Luciana de Oliveira e Carol Lorencetti.
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SORVETE: saiba como fazer a sobremesa gelada com receitas simples e fáceis
O sorvete já existia antes da invenção da geladeira.
Emile Mbunzama / Unsplash
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Sorvete é o tema do 57º episódio do podcast 'De onde vem o que eu como'.
Comunicação/Globo
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21/09 -
Camarão entre os mais saborosos do mundo tem mais de 30 cm e custa R$ 400 por quilo: 'Raridade'
De tamanho avantajado e cor intensa, camarão-carabineiro vive em grandes profundidades. No Brasil, apenas uma embarcação é capaz de capturá-lo em volume comercial. Em São Paulo, quilo do camarão-carabineiro custa em média R$400
Manoel Cordeiro/ Arquivo Pessoal
A coloração avermelhada da casca é apenas um entre tantos atributos do crustáceo que é considerado um dos mais saborosos do mundo. Com mais de 30 centímetros de comprimento, o camarão-carabineiro se tornou o ingrediente do momento na alta gastronomia.
Consumido por completo - das patas às vísceras - o crustáceo tem um sabor intenso e adocicado que desperta nas papilas gustativas o quinto paladar: o umami. Caracterizado pelo prolongamento da gustação e aumento da salivação, o sabor foi reconhecido cientificamente nos anos 2000.
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As particularidades da espécie justificam o preço extravagante de venda no Brasil, que pode chegar a R$ 400 por quilo, mas não são as únicas razões. O "gigante do mar", batizado cientificamente de Aristaeopsis Edwarsiana, habita em quase mil metros de profundidade do oceano.
Por conta da condição especial de pesca, no Brasil, apenas uma embarcação é capaz de içar os camarões em volume comercial. Em atividade desde o começo deste ano, em Navegantes (SC), o barco "Cordeiro de Deus" possuiu motores extras e funciona como uma unidade fabril a bordo.
Com 27 metros de comprimento e estrutura industrial, o barco é apropriado para fazer viagens longas, sem prejudicar a qualidade dos pescados.
No Brasil, apenas uma embarcação capaz de capturar o camarão-carabineiro em volume comercial
Manoel Cordeiro/ Arquivo Pessoal
Barco fábrica 🚢
A embarcação foi desenvolvida por Manoel Cordeiro, que desde a infância esteve envolvido com a atividade de pesca. Ao g1, ele explicou que levou quase quatro anos para concluir a construção do barco.
"Depois que conheci o carabineiro, li alguns estudos e vi que era promissor (...) Não tenho noção de quanto investi, mas é um orgulho ver o barco funcionando. Foram anos de dedicação. Comprei as peças de pouco em pouco", conta o pescador, que administra os negócios com a ajuda da família.
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Com uma rede de pesca que alcança o fundo do oceano, o barco se afasta quase cem milhas da costa e segue até Cabo Frio (RJ). A cada viagem, que dura em média 30 dias no mar, Manoel recolhe quase cinco toneladas do crustáceo.
Após a captura, imediatamente os camarões são higienizados, embalados e congelados, prontos para serem entregues aos fornecedores.
Manoel Cordeiro levou quatro anos para construir embarcação especial
Manoel Cordeiro/ Arquivo Pessoal
Rei dos camarões 💸
No estado de São Paulo, o carabineiro é o ingrediente do momento na alta gastronomia.
Em um famoso restaurante localizado em Pinheiros, região nobre da capital paulista, o crustáceo é aproveitado por completo em três preparos: caldo especial feito com a cabeça, a carcaça recheada com tartare de camarão, releitura do clássico " chuchu com camarão carioca" e o lombo grelhado no carvão.
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"O carabineiro tem um sabor mais doce do que as outras espécies. Além disso, no interior dele, principalmente em relação à cabeça, o sabor é mais intenso. É isso o que torna ele um dos mais gostosos", afirma o chef Luiz Filipe Souza.
No restaurante, premiado com um estrela do Guia Michelin, o menu-degustação custa R$ 800 por pessoa.
Camarão-carabineiro virou o ingrediente do momento na alta gastronomia paulista
Chef Luiz Filipe Souza/ Evvai
Raridade das profundezas 🦐
Abundante na costa do Chile, o Aristaeopsis Edwarsiana passou a ser popularmente chamado de carabineiro por conta da sua coloração avermelhada, que se assemelha aos uniformes usados pelos soldados do grupo "Carabineiros do Chile".
Mas, além da estética, a cor intensa do crustáceo chama a atenção por outro motivo. Segundo Rogério Caetano da Costa, professor e especialista em zoologia dos invertebrados da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o vermelhidão é um truque desenvolvido por camarões de grande profundidade para despistar possíveis predadores.
"O fundo do mar é escuro e - normalmente - os predadores geram uma luz meio verde e azul para capturar as presas. Com a cor vermelha fica mais difícil de localizá-las", explica o professor.
Vermelhidão do camarão-carabineiros é um truque para despistar predadores, aponta professor da Unesp
Rogério Caetano da Costa/ Arquivo Pessoal
Ainda sobre os atributos físicos, Rogério afirma que o carabineiro é um dos maiores camarões já existentes. No geral, as fêmeas são as maiores, já que podem atingir 35 centímetros.
"Os carabineiros são uma verdadeira raridade das profundezas. Diante disso, vejo que é necessário que haja mais pesquisas para analisarmos essa exploração. Isso é importante para evitar o risco de extinção".
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21/09 -
Novos cortes da Selic: entenda os recados deixados pelo BC após a reunião do Copom
Comitê anunciou um novo corte de 0,50 ponto percentual nesta quarta-feira (20), levando a taxa básica para 12,75% ao ano, no menor patamar em 16 meses. Sede do Banco Central em Brasília
Raphael Ribeiro/BCB
O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou nesta quarta-feira (20) mais um corte de 0,50 ponto percentual (p.p.) da taxa básica de juros (Selic), para 12,75% ao ano.
No comunicado, o colegiado indicou que a decisão aconteceu diante do processo de desinflação, dos cenários econômicos avaliados no Brasil e no exterior e do balanço de riscos.
A leitura, segundo especialistas consultados pelo g1, foi a que o colegiado reconheceu a melhora dos indicadores de inflação e da atividade econômica brasileira, mas que ainda ponderou a necessidade de execução das metas fiscais do país.
Nessa reportagem, você vai entender os seguintes recados deixados pelo BC:
Desaceleração dos preços e resiliência da economia brasileira;
Fatores de risco nos cenários de inflação
Importância das metas fiscais;
De olho no ambiente internacional
O que a redução da Selic muda para os juros cobrados do consumidor
Desaceleração dos preços e resiliência da economia brasileira
Entre os principais pontos trazidos pelo Copom estava a percepção sobre o atual cenário macroeconômico brasileiro — que, segundo especialistas, foi ponderado e não mudou drasticamente em relação aos sinais dados pelo colegiado na última reunião.
Em seu comunicado, por exemplo, o comitê reconheceu as recentes quedas da inflação subjacente (que desconsidera o impacto de fatores temporários ou preços muito voláteis), mas destacou a alta do indicador no acumulado de 12 meses.
De acordo com os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou um avanço de 4,61% nos 12 meses terminados em agosto — em julho, essa alta era de 3,99%.
Além disso, o BC também reconheceu que a atividade econômica brasileira tem apresentado uma resiliência maior do que o esperado anteriormente, mas afirmou que "o Copom segue antecipando um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres."
"O Banco Central manteve, a grosso modo, a sinalização anterior. De modo geral, o cenário macroeconômico veio em linha com a expectativa e o Copom manteve o plano de voo dele", afirmou a economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Natalie Victal.
Fatores de risco nos cenários de inflação
Outro ponto abordado pelo colegiado foram os fatores de risco que ainda existem para o quadro inflacionário brasileiro. Entre os fatores de alta, por exemplo, o comitê destacou:
uma maior persistência das pressões inflacionárias globais;
e uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado.
Já entre os riscos de baixa dos preços, os diretores do BC destacaram:
uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada;
e os impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.
Segundo o BC, as expectativas de inflação apuradas pelo Focus, relatório que reúne as projeções de diversas instituições financeiras para os principais indicadores econômicos do país, estão em 4,9% para 2023, 3,9% para 2024 e 3,5% para 2025.
Já as projeções do Copom em seu cenário de referência estão em 5,0% para 2023, 3,5% para 2024 e 3,1% em 2025. "As projeções para a inflação de preços administrados são de 10,5% em 2023, 4,5% em 2024 e 3,6% em 2025", completou o comunicado.
Importância das metas fiscais
Segundo especialistas, a importância do controle do cenário fiscal também continua como um ponto de atenção por parte do Copom.
"Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reforça a importância da firme persecução dessas metas", disse o colegiado no comunicado.
Para o diretor responsável pela área de pesquisa macroeconômica da Kínitro Capital, João Savignon, a inserção do debate sobre a importância da execução das metas fiscais tornou o comunicado "ligeiramente mais duro".
"Mesmo não sendo explícito, [esse recado] pode ser interpretado como mais um condicionante para o Copom acelerar o ritmo de cortes de juros à frente", disse o executivo.
"O Copom não colocou [a questão fiscal] no balanço de riscos, mas fez um alerta da importância de cumprir e perseguir as metas traçadas. Isso ajuda no processo de afrouxamento da política monetária, de cortes da Selic", acrescentou o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima.
De olho no ambiente internacional
Por fim, outro recado importante deixado pelo BC diz respeito ao cenário internacional. No comunicado, por exemplo, o colegiado destacou que o ambiente externos se mostra "mais incerto", com a continuidade do processo de desinflação — mesmo com os indicadores subjacentes ainda elevados — e resiliência nos mercados de trabalhos de diversos países.
"Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas", disse o colegiado, destacando que notou a alta dos juros de longo prazo nos EUA e a perspectiva de menor crescimento na China, "ambos exigindo maior atenção por parte de países emergentes."
Segundo o analista de investimentos da Aware Investments Leandro Ormond, além de as Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) de 10 anos terem atingido o maior patamar desde 2007, a China, o principal parceiro comercial do Brasil, apresentou dados "decepcionantes no primeiro semestre".
Além disso, acrescenta ele, a inflação em níveis elevados na Europa também contribui para que haja uma interpretação por parte do mercado de que as taxas de juros ficarão altas por mais tempo.
Nesta quarta-feira, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) decidiu manter a taxa básica do país inalterada entre o intervalo de 5,25% e 5,50%. A instituição sinalizou, no entanto, que uma nova alta dos juros deve vir à frente e que a política monetária dos Estados Unidos deve se manter restritiva ao longo do ano que vem.
"O cenário internacional se mostra um pouco mais complicado, tanto no âmbito financeiro quanto no geopolítico. [...] Os movimentos nas taxas de juros dos EUA causam um impacto não apenas na economia local, mas também nas economias de todos os países, especialmente nas economias emergentes", disse Ormond.
Ainda segundo o especialista, no entanto, vale ponderar que mesmo diante do quadro mais adverso no exterior, esse não foi um fator determinante para a decisão do Copom, por conta da melhoria geral dos indicadores internos nos últimos meses.
O que esperar agora?
Por fim, outro ponto importante sinalizado pelo Copom em seu comunicado nesta quarta-feira foi a sinalização sobre o que o mercado pode esperar das próximas reuniões do colegiado.
Na nota, o BC informou que a decisão de cortar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual (p.p.) é "compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta no horizonte relevante" e destacou que caso o cenário esperado pelo comitê seja confirmado, a expectativa é que novas reduções da mesma magnitude aconteçam nas próximas reuniões.
"Os membros do comitê, unanimemente [...] avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário", afirmou.
Com isso, dizem especialistas, a principal expectativa fica, agora, pela ata do Copom, que deve ser divulgada na próxima semana.
"Fica a expectativa pelas informações sobre como o Banco Central avaliou a melhora dos indicadores de inflação de serviços", disse Victal, da SulAmérica Investimentos.
"Além disso, também fica a dúvida se o diagnóstico quanto ao crescimento econômico é unânime entre todos os diretores. O mercado deve prestar bastante atenção para ver se tem alguma heterogeneidade de avaliações dentro do comitê", acrescentou a economista.
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20/09 -
Governo diz que vai atuar no Congresso para evitar paralisação do Desenrola, programa que renegocia dívidas
No início de outubro, vence a medida provisória que criou o Desenrola. Tramita no Congresso um projeto de lei sobre o tema, que não foi votado ainda, e o programa pode cair em um limbo jurídico. O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse nesta quarta-feira (20) que é "prioridade" votar na próxima semana no Senado o projeto do Desenrola, programa para renegociação de dívidas.
Técnicos do Ministério da Fazenda também afirmaram que o governo vai trabalhar pela aprovação do texto no Congresso até 3 de outubro, data em que a medida provisória que criou o programa vence.
Uma MP vale por 120 dias com força de lei e caso o Congresso não a aprove dentro desse prazo, ela deixa de valer.
Técnicos da pasta e do governo no Senado explicaram que, se o parlamento não concluir a análise do tema até dia 3, o programa vai parar em um "limbo jurídico".
"Estamos caminhando contra o tempo. O projeto vai ser interrompido e um programa que tem tido sucesso. Temos 60 milhões de brasileiros endividados hoje. Não é aceitável ter esse limbo, ter interrupção do programa. Não é razoável. Já estamos em tratativas com o relator, Rodrigo Cunha, para anteciparmos os debates para votarmos o PL na semana que vem impreterivelmente", disse Randolfe.
Devido a uma discordância entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quanto à forma de tramitação das MPs, o conteúdo da matéria foi transferido para um projeto de lei.
Na prática, se o projeto não passar antes da perda de validade da MP, o Desenrola será paralisado. O texto foi aprovado na Câmara, mas aguarda análise do Senado.
O relator da medida, senador Rodrigo Cunha (Pode-AL), propôs três sessões de debate sobre o projeto antes de apresentar seu relatório, o que inviabilizaria a votação até a data limite. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça (19) este cronograma sugerido pelo parlamentar.
Cunha deve se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na próxima semana.
Câmara aprova PL do Desenrola, que prevê limite para juros no rotativo
Previsão de votação
Líder do governo, Randolfe, aposta na votação do texto no plenário do Senado na semana que vem.
"Acho que é possível resumirmos os debates. A prioridade do governo é trazer esse projeto para ser votado na semana que vem sob pena de, se isso não acontecer, nós termos uma grave interrupção do programa", disse o congressista.
Neste mês, a equipe econômica informou que 924 empresas que têm dívidas a receber se inscreveram no Desenrola.
O objetivo da fase atual do programa é renegociar as dívidas do público da faixa 1, composta por quem:
tem renda de até R$ 2.640 (dois salários mínimos) ou está inscrito no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico) e
tem dívidas de até R$ 5 mil negativadas até 31 de dezembro de 2022.
O prazo para bancos, varejistas, companhias de água, saneamento e energia, entre outros, aderirem ao programa e informarem as dívidas que desejam renegociar já terminou
A abertura da plataforma para que as pessoas interessadas em renegociar os débitos- público da faixa 1- só deve acontecer no fim do mês.
Próximos passos
▶️Filtragem das dívidas: de acordo com a Fazenda, as dívidas inscritas pelas empresas no programa agora serão filtradas para checar se são dívidas de pessoas que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou são inscritas no CadÚnico do governo federal;
▶️Leilões: processo competitivo entre as empresas sob a forma de leilão. Nesta etapa, o público da faixa 1 não precisará fazer nada, apenas as empresas credoras.
As empresas vão informar quanto de desconto estão dispostas a conceder para cada consumidor. Os leilões serão realizados por categoria de dívida. Ou seja, haverá um leilão para as contas de água, outro para contas de luz, e assim por diante. As empresas que oferecerem os maiores descontos vencem o leilão e terão a garantia do programa.
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20/09 -
Copom faz novo corte na taxa básica de juros, e Selic cai de 13,25% para 12,75%
É o segundo corte seguido na taxa básica de juros, que começou a recuar em agosto deste ano. Com a decisão de hoje, índice chegou ao menor patamar dos últimos 16 meses. Taxa Selic: Banco Central frustra desejo de redução mais acentuada, diz Ana Flor
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (20), reduzir a taxa Selic de 13,25% ao ano para 12,75% ao ano.
A decisão foi unânime. Todos os diretores votaram pela redução.
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No comunicado divulgado após a reunião, o comitê argumentou que a redução da taxa é "compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau menor, o de 2025".
O Copom voltou a defender que o cenário demanda "serenidade", mas já sinalizou que poderá cortar novamente a Selic em 0,5 ponto percentual no próximo encontro.
"Em se confirmando o cenário esperado [de desinflação e ancoragem das expectativas em torno da meta de inflação], os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário", afirmou o Copom em nota.
Na avaliação do colegiado, a execução das metas fiscais estabelecidas pelo governo federal pode contribuir para o processo de ancoragem das expectativas da inflação e para a condução da política monetária.
O comunicado pondera que:
no cenário externo, a elevação das taxas de juros de longo prazo dos Estados Unidos e a perspectiva de menor crescimento na China exigem maior atenção por parte de países emergentes;
já para cenário doméstico, há expectativa de desaceleração da economia nos próximos trimestres;
se por um lado, uma maior persistência das pressões inflacionárias globais pode ser um fator de risco para uma possível alta da inflação no Brasil, por outro, uma desaceleração da atividade econômica global pode ser um fator de baixa.
Este foi o segundo corte seguido na taxa básica de juros, que começou a recuar em agosto deste ano. Em 12,75%, a taxa chegou ao menor patamar dos últimos 16 meses.
A redução anunciada nesta quarta já era esperada pelo mercado financeiro. Isso porque no comunicado da última reunião, o Copom sinalizou que poderia continuar reduzindo a Selic na “mesma magnitude" do corte adotado em agosto. Ou seja, de 0,5 ponto percentual.
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Taxa Selic: entenda os pontos mais importantes para a decisão de juros do Banco Central
Comunicado 'positivo'
Após a divulgação do comunicado do Copom, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse à imprensa que a pasta recebeu o comunicado "de maneira muito positiva", sobretudo, em relação a dois pontos: o fato de a decisão ter sido unânime e a sinalização do comitê de futuros cortes de 0,5 ponto percentual na Selic.
"Isso dá tranquilidade grande pro mercado, uma boa sinalização que a gente também recebeu de maneira positiva, e esperamos seguir fazendo nosso esforço, harmonizando a política fiscal pra que a política monetária siga nessa tendência, que é uma tendência muito positiva pro país", afirmou Durigan.
Até o Copom iniciar o ciclo de corte da Selic, o presidente Lula e outros membros do Executivo criticavam com frequência as decisões do comitê em manter a taxa básica em 13,75% - patamar que vigorou entre agosto de 2022 e o início de agosto deste ano.
A avaliação do governo era que a Selic em 13,75% inibia o crescimento da economia.
Reuniões do Copom
O Copom é formado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e por oito diretores da autarquia – dois deles indicados pelo presidente Lula.
O colegiado costuma se reunir a cada 45 dias para definir o patamar da taxa Selic. Neste ano, o comitê ainda deverá se reunir duas vezes:
em 31 de outubro e 1º de novembro
em 12 e 13 de dezembro
Taxa básica de juros
Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira
A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação.
O índice influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com a meta de inflação, o BC pode reduzir a Selic.
Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem e no objetivo, em 12 meses, para o início de 2025.
Na semana passada, os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação deste ano, de 4,93% para 4,86% (ainda acima do intervalo da meta de inflação para 2023), e passaram a projetar uma inflação de 3,86% para 2024 (dentro do intervalo da meta).
Para 2023, a meta de inflação foi fixada 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
A meta de inflação do próximo ano é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Veja Mais
20/09 -
Brasil deixa de ter a maior taxa de juros reais do mundo após novo corte da Selic; veja ranking
País estava no topo do pódio desde outubro de 2022. Após a redução de 0,50 ponto percentual na taxa básica pelo Copom nesta quarta-feira, México assumiu a liderança na lista que compara as taxas em 40 países. Sede do Banco Central em Brasília
Raphael Ribeiro/BCB
Com mais uma queda da taxa Selic nesta quarta-feira (20), o Brasil deixou de ter a maior taxa de juros reais do mundo — lugar que ocupava desde outubro de 2022, de acordo com levantamento compilado pelo MoneYou.
A lista mostra que o país foi superado pelo México depois que o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros do país, para 12,75% ao ano.
O juro real é formado pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses. É uma medida de comparação de aperto monetário entre vários países.
Com a redução anunciada nesta quarta-feira pelo Banco Central, os juros reais do país ficaram agora em 6,30%. Em primeiro lugar, o México acumula juros reais de 6,61%.
Na ponta oposta do ranking está a Argentina, que apesar de ter as taxas nominais mais altas da lista (118% ao ano), enfrenta também uma hiperinflação, que derruba as taxas reais.
Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.
Segundo corte de juros
O país iniciou em agosto um ciclo de queda da taxa básica de juros. Por cerca de 12 meses, a Selic se manteve na casa dos 13,75% ao ano. Essa foi a segunda redução de 0,50 ponto percentual promovida pelo BC.
Especialistas ouvidos pelo g1 justificaram que os cortes ocorreram por conta de uma leve desaceleração dos núcleos de inflação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O cálculo capta a tendência dos preços de diversos produtos no país, desconsiderando choques temporários ou sazonais.
O IPCA subiu 0,23% em agosto, segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o país passa a ter uma inflação acumulada de 4,61% na janela de 12 meses. (veja abaixo)
Apesar do IPCA ter voltado a subir nos últimos meses, o movimento já era esperado pelo mercado. A tendência, portanto, é que o BC siga com cortes nos juros se a trajetória dos preços seguir controlada.
A expectativa de Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, por exemplo, é de que o BC possa acelerar o ritmo de cortes nas próximas reuniões do Copom, passando para reduções de 0,75 ponto percentual.
Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira caiu da quarta para a sexta posição.
Argentina: 118%
Turquia: 25%
Hungria: 14%
Colômbia: 13,25%
Rússia: 13%
Brasil: 12,75%
México: 11,25%
Chile: 9,50%
África do Sul: 8,25%
República Checa: 7%
Filipinas: 6,25%
Polônia: 6%
Indonésia: 5,75%
Hong Kong: 5,75%
Estados Unidos: 5,50%
Reino Unido: 5,50%
Índia: 5,40%
Canadá: 5%
Israel: 4,75%
Alemanha: 4,50%
Áustria: 4,50%
Espanha: 4,50%
Grécia: 4,50%
Holanda: 4,50%
Portugal: 4,50%
Suécia: 4,50%
Bélgica: 4,50%
França: 4,50%
Itália: 4,50%
China: 4,35%
Austrália: 4,10%
Singapura: 3,81%
Coreia do Sul: 3,50%
Dinamarca: 3,35%
Malásia: 3%
Tailândia: 2,49%
Taiwan: 1,88%
Nova Zelândia: 0%
Japão: -0,10%
Suíça: -0,75%
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20/09 -
Selic a 12,75%: veja o rendimento de R$ 1 mil investidos nos principais produtos de renda fixa
Copom cortou a taxa básica de juros do país em 0,50 ponto percentual nesta quarta-feira. Levantamento da Casa do Investidor aponta que o CDB de banco médio tem a maior rentabilidade entre os principais títulos. Taxa Selic: Banco Central frustra desejo de redução mais acentuada, diz Ana Flor
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira (20) cortar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 12,75% ao ano. Entre tantas funções, a Selic serve de parâmetro tanto para empréstimos como para o rendimento de aplicações financeiras no país.
A redução, portanto, influencia diretamente a expectativa de rentabilidade para investidores, em especial em aplicações de renda fixa. O g1 mostra quanto passará a render, a partir de agora, R$ 1 mil nos principais produtos do tipo.
Veja abaixo a lista completa abaixo.
Investir em produtos do governo
O levantamento foi realizado por Michael Viriato, estrategista da Casa do Investidor, e aponta que a maior rentabilidade, independentemente do período investido, é dos CDBs (Certificado de depósito bancário) de bancos médios.
Os CDBs são títulos de renda fixa, que funcionam como um empréstimo do investidor para uma instituição financeira. Os bancos médios costumam oferecer taxas de rendimento maior por conta da relação risco-retorno.
Os bancos menores oferecem taxas mais altas para atrair investidores. Mas também possuem mais risco, por terem menos recurso para garantir suas operações.
"Imagine o seguinte, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, e outros bancos grandes, captam recursos todos os dias, o fluxo de entrada e saída é muito grande. Os bancos menores, por sua vez, não têm este mesmo fluxo e para isso oferecem taxas 10% até 20% maiores do que os grandes bancos", explica Walter Fogolin, head de Produtos da InvestSmart.
Veja mais um exemplo abaixo para os rendimentos de R$ 1 mil em CDB de banco médio.
💸 Em seis meses, se alguém investir R$ 1 mil, o valor final pode chegar a R$ 1.052,54. Em 10 anos, o mesmo investimento pode chegar a R$ 3.058,41.
💰 Na poupança, os mesmos R$ 1 mil podem chegar em seis meses a R$ 1.038,60 e a R$ 2.133,08, em 10 anos.
Como avaliar os CDBs
Em geral, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) garante o retorno aos investidores caso um banco quebre. Mas especialistas sugerem que o próprio investidor seja precavido e faça uma análise dos bancos antes de investir em CDBs.
É possível, por exemplo, buscar relatórios e as notas que as agências de risco dão aos bancos, principalmente sobre a capacidade das empresas arcarem com as dívidas — tecnicamente chamado de liquidez.
Poupança tem o menor rendimento
Na ponta oposta está a poupança, que tem o menor retorno entre as aplicações de renda fixa. Pelas regras, o retorno da poupança rende 70% da taxa básica de juros, somada a TR (taxa referencial), que pode ser atualizada diariamente, mas hoje está zerada.
Ou seja, se alguém investir R$ 1 mil, o dinheiro terá valorização de 0,5%, ou 6,17% ao ano — gerando retorno de apenas R$ 38,60 em seis meses.
"Dessa forma, independente se o Banco Central cortar mais os juros, a poupança seguirá como o pior investimento do mercado", diz Igor Cavaca, líder de gestão de investimentos da Warren.
Investir no governo brasileiro
Além dos títulos privados, há outros dois investimentos atrelados a papéis emitidos pelo governo federal, que têm garantias do Tesouro Nacional. São os fundos DI e o Tesouro Selic.
Há diferenças importantes a se compreender. Veja abaixo.
Fundos DI
Produto privado, que investe em títulos do Tesouro, como Renda+, IPCA, Selic e pré-fixados;
Na prática, existe um gestor que junta o dinheiro de alguns investidores e coloca-o onde achar que pode ser mais interessante;
Por isso, há uma cobrança — no levantamento é utilizada uma média de 0,5% — para arcar com os custos da gestão do investimento.
Tesouro Selic
Títulos públicos emitidos pelo governo e comercializados na plataforma do Tesouro Direto;
Na prática, o investidor empresta dinheiro diretamente para o Tesouro Nacional (pela plataforma ou por corretoras), com a expectativa de receber um valor maior depois de um prazo definido.
Ambos são considerados mais seguros se comparados com os CDBs porque a probabilidade de o governo não pagar suas dívidas é muito menor do que qualquer instituição financeira. Por isso, o retorno também é ligeiramente mais baixo.
Atenção aos Estados Unidos
Luiz Pereira, head de investimentos da Guide, explica que para se escolher os investimentos, independente do período (curto, médio ou longo prazo), é preciso ficar atento também aos juros norte-americanos.
Ele justifica que enquanto os Estados Unidos estiverem com uma política de aperto monetário — isto é, de manter os juros mais altos — haverá uma migração de investidores mais conservadores do Brasil para os EUA.
"Se os norte-americanos continuarem com a mesma política de hoje, o Brasil não vai ter tanta capacidade de cortar os juros", explica Pereira. Isso porque os produtos nacionais não terão um diferencial de juros tão interessante em relação aos internacionais, que são ainda mais seguros.
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20/09 -
STF suspende por seis meses processo contra a construção da Ferrogrão
Objetivo da ferrovia é conectar Porto de Miritituba (PA) ao município de Sinop (MT) para escoamento de grãos. Obra, que deve custar mais de R$ 8 bilhões, é contestada pelo PSOL. Projeto Ferrovia Ferrogrão EF-170
Arte G1
O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu por seis meses o processo que questiona a constitucionalidade da construção da ferrovia Ferrogrão.
Nesta terça-feira (19), o Supremo publicou determinação que suspende o processo "a fim de que se concluam os estudos e as atualizações sugeridos".
A Corte acatou o pedido de suspensão "ante os avanços já concretizados após o início dos diálogos sobre a controvérsia tratada na presente Ação Direta de Inconstitucionalidade, e consideradas as propostas consensualizadas pelos interessados no âmbito do Centro de Soluções Alternativas de Litígios".
O processo havia sido enviado para o Centro de Soluções Alternativas de Litígios (Cesal), que tinha 60 dias para apresentar soluções para a disputa. Contudo, o g1 apurou que o traçado da Ferrogrão segue como impasse dentro do Cesal.
Ferrogrão deve levar 10 anos para ir a leilão, segundo secretário
Ferrogrão
A Ferrogrão é um projeto da gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Trata-se de uma ferrovia de 933 km que ligaria o Porto de Miritituba (PA) ao município de Sinop (MT), visando o escoamento de grãos.
Em 2016, depois do impeachment de Dilma, o projeto foi classificado no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo do então presidente Michel Temer (MDB).
Temer então publicou uma medida provisória, depois transformada em lei, que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim, no oeste do Pará, para viabilizar a construção da ferrovia.
Foram retirados da área do parque cerca de 862 hectares, destinados aos leitos e às faixas de domínio da EF-170 (a Ferrogrão) e da BR-163 –uma das principais rotas de escoamento da produção agropecuária.
Ação do PSOL
A discussão no STF é justamente sobre o traçado do projeto, depois de a Corte ter sido acionada pelo PSOL em uma ação direta de inconstitucionalidade contra a lei em 2020. Naquele ano, o processo de desestatização da ferrovia começou a tramitar no Tribunal de Contas da União (TCU).
O PSOL questiona a alteração nos limites do Parque Nacional do Jamanxim para permitir a construção da ferrovia em área de conservação.
Em 2021, Moraes atendeu ao pedido do PSOL e suspendeu a eficácia da lei. O processo foi pautado no STF em maio deste ano, mas não chegou a ser discutido. No dia seguinte, Moraes encaminhou o caso para o Cesal.
Em agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) incluiu a ferrovia no Novo PAC – o programa de investimentos do governo. As obras foram incluídas na modalidade “estudos de novas concessões”.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estima que seriam necessários investimentos de R$ 8,26 bilhões na construção da ferrovia.
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20/09 -
Fed mantém juros dos Estados Unidos inalterados, mas sinaliza nova alta à frente
Referencial de juros continua na faixa de 5,25% a 5,50%, no maior patamar desde 2001. Sede do Federal Reserv (Fed), Banco Central dos EUA.
REUTERS/Joshua Roberts
O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), manteve os juros do país inalterados nesta quarta-feira (20), em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. Esse continua sendo o maior nível das taxas desde 2001.
A decisão já era esperada pelo mercado e veio após o comitê ter elevado a taxa básica do país em 0,25 ponto percentual em sua última reunião, em julho, em mais uma tentativa de controlar a pressão inflacionária na maior economia do mundo.
Apesar da manutenção, os dirigentes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) indicaram que uma nova alta das taxas pode acontecer até o final do ano, sinalizando que a política monetária mais restritiva também deve se estender para 2024.
Em comunicado, o Fed informou que continuará a avaliar informações adicionais sobre a economia e suas implicações para a política monetária norte-americana, reforçando que o comitê está "preparado" para ajustar a orientação dos juros caso "surjam riscos que possam impedir" a convergência da inflação dos EUA para a meta de 2%.
Em entrevista concedida à imprensa após a divulgação do comunicado, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a autarquia pretende alcançar um patamar em que haja confiança de que a inflação irá convergir para a meta de 2% do BC norte-americano.
"À medida que nos aproximamos da taxa [...] que consideramos apropriada para reduzir a inflação para 2% ao longo do tempo, os riscos tornam-se bilaterais [...] e o bom senso natural a fazer é se mover um pouco mais devagar [nas decisões de política monetária] e é o que estamos fazendo", disse, acrescentando que as autoridades do Fed continuarão a tomar decisões "reunião a reunião".
Os juros ainda em níveis elevados nos Estados Unidos aumentam a rentabilidade dos Treasuries (títulos públicos norte-americanos) e devem continuar a refletir nos mercados de ações e no dólar, com a migração cada vez maior de investidores para o país, em busca de uma melhor remuneração.
No cenário macroeconômico, os efeitos dos juros altos nos Estados Unidos também se refletem no longo prazo, indicando uma tendência de desaceleração econômica global, já que empréstimos e investimentos também ficam mais caros.
Por aqui, investidores seguem na expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), que deve ser divulgada ainda nesta quarta-feira. A maior parte do mercado aposta em uma nova redução da taxa básica de juros (Selic), em 0,50 ponto percentual, para 12,75% ao ano.
A decisão do Fed
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, o Fomc ainda destacou que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica dos EUA "cresce a um ritmo sólido" e que a inflação norte-americana segue elevada.
A nota reforça, ainda, que o aumento no número de vagas "abrandaram" nos últimos meses, mas que permanecem fortes, enquanto a taxa de desemprego continua baixa.
"O comitê procura atingir o nível máximo de emprego e levar a inflação à taxa de 2% a longo prazo", informou o Fomc no comunicado, destacando que ao determinar "a extensão do reforço adicional" que pode ser apropriado para atingir esses objetivos, levará em consideração:
o aperto cumulativo da política monetária;
a defasagem dos efeitos do aumento de juros na atividade econômica e na inflação;
e os fatores econômicos e financeiros.
"Além disso, o Comité continuará a reduzir as suas participações em títulos do Tesouro e dívida de agências e títulos garantidos por hipotecas de agências, conforme descrito nos seus planos anunciados anteriormente", acrescentou o comitê.
O Fomc ainda disse que o sistema bancário dos EUA é "sólido e resiliente" e afirmou que condições mais restritivas de crédito para as empresas e as famílias "poderão pesar sobre a atividade econômica, as contratações e a inflação".
"A extensão desses efeitos permanece incerta. O Comitê continua muito atento aos riscos de inflação", concluiu a nota.
Uma nova alta à vista
Além de reforçarem as preocupações com uma eventual alta inflacionária, os dirigentes também sinalizaram que um novo aumento de juros deve acontecer até o final deste ano.
De acordo com o Sumário de Projeções Econômicas, também divulgado nesta quarta-feira, os dirigentes do Fed acreditam que os juros do país devem chegar ao intervalo de 5,50% e 5,75% ainda neste ano, segundo a mediana das previsões.
Além disso, as estimativas também indicam que as taxas norte-americanas devem cair apenas 0,50 ponto percentual em 2024, sinalizando uma política monetária ainda apertada no ano que vem. A previsão é que os juros do país caiam para 5,1% até o final de 2024 e 3,9% até o fim de 2025.
Os dirigentes também trouxeram projeções para o crescimento econômico dos Estados Unidos deste ano (2,1%), para a taxa de desemprego (3,8%) e para o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês, a medida de inflação preferida do Fed), que deve ficar em 3,3% em 2023.
Segundo Powell, apesar de as projeções apresentadas nesta quarta-feira mostrarem uma polícia monetária mais restritiva, elas "não são um plano de ação", mas apenas refletem a visão dos dirigentes de que a economia norte-americana terá um desempenho melhor do que o esperado inicialmente.
"Se a economia ficar mais forte do que o esperado, significa apenas que teremos de fazer mais em termos de política monetária para voltar [a inflação] aos 2%", disse.
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20/09 -
Lula antecipa para esta quarta retorno dos Estados Unidos para o Brasil
Segundo assessores, antecipação não tem relação com dores no quadril que Lula tem relatado. Na volta ao Brasil, petista deve conversar com cotados para o cargo de PGR. Lula deve antecipar retorno dos Estados Unidos para o Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antecipou para a noite desta quarta-feira (20) o retorno dos Estados Unidos para o Brasil.
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Inicialmente, Lula voltaria de Nova York – onde participou da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) e de reuniões bilaterais – para Brasília nesta quinta-feira (21).
Segundo o blog apurou com interlocutores do presidente, na última segunda-feira (18), Lula relatou a auxiliares que estava com dores no quadril.
Nesta terça-feira (19), o blog perguntou a assessores do presidente se a antecipação da volta ao Brasil tinha relação com o desconforto sentido por Lula, o que foi negado.
Segundo uma fonte, Lula decidiu voar à noite para o Brasil, para chegar mais cedo e resolver questões de política interna.
Outro assessor disse ao blog que, na volta a Brasília, Lula quer conversar com cotados ao cargo de procurador-geral da República.
O substituto de Augusto Aras na chefia do Ministério Público Federal deve ser anunciado nos próximos dias.
Lula durante discurso na Assembleia-Geral da ONU
Mary Altaffer/AP
Cirurgia no quadril
No próximo dia 29 de setembro, Lula fará uma cirurgia no quadril. A cirurgia deve ser conduzida pelos médicos do hospital Sírio Libanês que já acompanham o presidente nos últimos meses.
A cirurgia será feita em Brasília porque a recomendação médica é de que Lula não viaje nos dias seguintes ao procedimento.
Lula sofre de artrose no quadril há vários anos. A necessidade de cirurgia já tinha sido confirmada pelo Palácio do Planalto, que afirmou que o presidente passaria por uma "operação programada, nada urgente".
Em julho, durante transmissão em redes sociais, Lula chegou a dizer que pretendia passar pelo procedimento até outubro, porque "ninguém consegue trabalhar com dor o dia inteiro".
Como é o procedimento de cirurgia no quadril
Arte/g1
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20/09 -
Fazenda diz que não vê aumento do imposto de importação para compras internacionais no 'horizonte próximo'
Neste mês, governo informou que avalia a cobrança de um imposto de importação a partir do patamar de 20%. De janeiro a julho de 2023, as remessas enviadas ao país totalizaram cerca de 123 milhões de volumes, segundo a Receita. Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, em evento do IDP
IDP/Youtube/Reprodução
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse nesta quarta-feira (20) que a pasta não vê no "horizonte próximo" a possibilidade de aumento da alíquota do imposto de importação para as empresas que aderirem ao programa Remessa Conforme, da Receita Federal. Hoje, a taxa é zero para compras online de até US$ 50.
"A gente só vai fazer revisão quando tivermos todas as informações, que dialogue com as empresas, dialogue com o varejo, bata os números, e veja se de fato está havendo falta de isonomia tributária. O Ministério da Fazenda quer que haja concorrência", disse.
O 'e-commerce' veio e veio para ficar. O lojista brasileiro tem seu lugar e sua pauta. Tem de haver o equilíbrio disso. Não pode haver predação entre um e outro", declarou Durigan.
A declaração foi dada durante participação em evento do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), sobre "Tributação do Comércio Eletrônico Transfronteiriço e Justiça Tributária".
No início deste mês, Durigan afirmou que o governo federal avalia a cobrança de um imposto de importação, a partir do patamar de 20%, no processo de regularização das encomendas vindas do exterior. A esse valor, vai se somar o ICMS estadual, que foi fixado em 17%.
Naquele momento, o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) afirmou que o patamar mínimo de 20% para o imposto de importação prejudica empresas brasileiras na competição com as estrangeiras.
"O patamar mínimo de 20% é muito aquém da necessidade para se ter uma competição isonômica, portanto, não aceitável. Basta ver o estudo do IDV/IBPT, no qual a carga tributária efetiva média é de 85%. Caso ocorra a implantação da alíquota de 20%, a destruição de empresas e empregos continuará, em especial nas médias e pequenas", afirmou a entidade, por meio de nota.
Novas regras de comércio eletrônico
Governo cria regras para compras internacionais de até US$ 50 na internet
No início de agosto, entraram em vigor novas regras para compras internacionais de até US$ 50. A mudança atinge apenas as compras feitas pela internet, por pessoas físicas no Brasil, em empresas fora do país.
Veja as normas:
As regras atuais, com isenção de imposto de importação de 60% para remessas entre pessoas físicas, continuam.
Com a publicação do novo normativo pela Receita Federal, as empresas de comércio eletrônico poderão aderir a um programa de conformidade, que será opcional.
As empresas que aderirem ao programa da Receita terão o benefício de isenção do imposto de importação para compras de até US$ 50, que, sem a adesão, só existem para remessas de pessoa física para pessoa física.
Para compras acima de US$ 50, não muda nada nos tributos federais. Com isso, segue em vigor a tributação de 60% do imposto de importação.
A declaração de importação e o eventual pagamento dos tributos acontecerá antes da chegada da mercadoria.
O vendedor é obrigado a informar ao consumidor a procedência dos produtos e o valor total da mercadoria (com inclusão dos tributos federais e estaduais).
A portaria da Receita Federal não trata das regras de tributos estaduais, que são de competência de cada unidade da federação.
Em junho, os estados definiram por unanimidade, adotar uma alíquota de 17% de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as compras feitas em plataformas online de varejistas internacionais.
Aumento de declarações
No fim de agosto, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou que há "ilegalidade grande" nas remessas de empresas de comércio eletrônico de outros países ao Brasil, e prometeu tentar resolver o problema até o fim do ano.
Nesta quarta-feira (20), Dario Durigan explicou que as empresas que não aderirem ao programa Remessa Conforme, para regularizar as encomendas do exterior, serão taxadas em 60% com o imposto de importação.
"Quem não aderir, vai ser cobrado. E nos casos de burla à legislação, vai ter outra consequência, podendo em casos mais graves ter consequência criminal. Aqui está sendo feito um processo com diálogo. Em último caso, não se quer trazer nenhum tipo de ônus ou tributação além do que os consumidores devam pagar", acrescentou o secretário-executivo do Ministério da Fazenda.
Na semana passada, a Receita Federal informou que a Shein foi certificada para participar do Programa Remessa Conforme. Com isso, o programa passou a reunir 67% do volume de remessas enviadas ao país.
De acordo com a Receita Federal, de janeiro a julho de 2023, as remessas enviadas ao país totalizaram cerca de 123 milhões de volumes. Desse total, cerca de 83 milhões de volumes chegaram ao país através de operadores de transporte que prestam serviços às empresas já certificadas.
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20/09 -
Dólar e Ibovespa fecham em alta após Fed manter juros dos EUA inalterados e à espera do Copom
A moeda norte-americana avançou 0,15%, vendida a R$ 4,8800. Já a Bolsa de Valores brasileira subiu 0,72%, aos 118.695 pontos. Copom deve reduzir a Selic, taxa básica de juros, nesta Super Quarta.
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O dólar inverteu o sinal negativo que apresentou durante boa parte da sessão e fechou esta quarta-feira (20) em leve alta, com investidores atentos aos sinais sobre juros nesta "Superquarta", dia de decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos . O Ibovespa também teve ganhos.
Lá fora, o Fed optou por manter suas taxas de juros inalteradas entre 5,25% e 5,50% ao ano. Já no por aqui, a expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) promova mais um corte na Selic, taxa básica de juros.
Ao final da sessão, a moeda norte-americana subiu 0,15%, cotada a R$ 4,8800. Já o Ibovespa fechou em alta de 0,72%, aos 118.695 pontos. Veja mais cotações.
SAIBA MAIS: Copom deve baixar juros para o menor nível em 16 meses, e BC americano pode interromper o ciclo de altas
No dia anterior, o dólar fechou com alta de 0,35%, vendido a R$ 4,8725. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular:
alta de 0,19% na semana;
e quedas de 1,41% no mês e de 7,54% no ano.
COMERCIAL X TURISMO: qual a diferença entre a cotação de moedas estrangeiras e por que o turismo é mais caro?
Já no mercado acionário, o Ibovespa fechou queda de 0,37% na véspera, aos 117.846 pontos. Com o resultado de hoje, passou a acumular:
queda de 0,05% na semana;
e altas de 2,55% no mês e de 8,17% no ano.
DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?
DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?
O que está mexendo com os mercados?
Nesta quarta-feira (20), as atenções do mercado estão voltadas para as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
No caso do Brasil, o Copom só anuncia a nova taxa Selic por volta das 18h30, quando os mercados já estarão fechados. Por isso, o que for dito no comunicado do comitê após a reunião terá impacto sobre os negócios nos próximos dias.
Atualmente, a taxa Selic está em 13,25% ao ano, depois de o Copom ter cortado os juros em 0,50 ponto percentual em sua última reunião, em agosto. Naquele momento, o comitê sinalizou que, para este encontro, deveria promover um novo corte de mesma magnitude, o que deve levar a taxa para 12,75% ao ano, o menor patamar em 16 meses.
O maior destaque, porém, será dado ao comunicado divulgado pelo comitê após a reunião, no qual traz informações que podem servir como base para que o mercado interprete os próximos passos do BC na política monetária brasileira.
Já nos Estados Unidos, o Fed já manteve as taxas básicas de juros do país entre 5,25% e 5,50% ao ano — o que era amplamente esperado pelo mercado.
Assim como no Brasil, o destaque também ficou para o comunicado da autoridade monetária sobre o futuro dos juros na maior economia do mundo. Entre as informações que mais chamaram atenção estava a sinalização de uma nova alta neste ano e a indicação de que vários dos dirigentes queriam aumentar as taxas mais uma vez.
Com novos aumentos da taxa norte-americana — que já estão no maior patamar em mais de 20 anos—, a tendência é que os investidores priorizem os títulos públicos dos Estados Unidos, considerados os mais seguros do mundo, e cuja rentabilidade sobe diante de novas altas de juros pelo Fed.
Neste contexto, além da possibilidade de o dólar subir ante outras moedas, como o real, os ativos de risco (com destaque para os mercados de ações) também poderiam registrar desvalorização. O contrário também é válido.
Por fim, ainda no exterior, os investidores também repercutem a decisão de política monetária na China. O Banco Popular da China manteve as taxas básicas de juros do país, que representam os custos do empréstimo de um ano ficaram, em 3,45% ao ano. Já as taxas de empréstimos de cinco anos foram mantidas em 4,20% ao ano.
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20/09 -
Confira as vagas de emprego disponíveis em Petrolina, Araripina e Salgueiro nesta quarta-feira (20)
As vagas são disponibilizadas diariamente pela Agência do Trabalho de Pernambuco. Carteira de Trabalho
Reprodução
A Agência de Trabalho de Pernambuco divulgou as vagas de emprego disponibilizadas paras os municípios de Petrolina, Araripina e Salgueiro , no Sertão de Pernambuco, nesta quarta-feira (20). As oportunidades são atualizadas diariamente pelo g1 Petrolina.
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Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Sedepe através da internet. O atendimento na agência de Salgueiro é feito a partir de um agendamento prévio, feito pelo site da secretaria. Em Petrolina e Araripina basta ir até a Agência de Trabalho.
Petrolina
Contato: (87) 3866 - 6540
Vagas disponíveis
Salgueiro
Contato: (87) 3871 - 8467
Vagas disponíveis
Araripina
Contato: (87) 3873 - 8381
Vagas disponíveis
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20/09 -
Bonsai pode dar frutos, viver centenas de anos e ficar mais alto do que uma pessoa
Série 'De onde vem' desvenda os segredos do cultivo em São Lourenço da Serra e Atibaia, no interior de SP. De onde vem o bonsai
Você já imaginou ter uma jabuticabeira dentro de casa? Com os bonsais isso é possível. A técnica milenar pode controlar o crescimento de qualquer espécie de árvore, inclusive, as frutíferas.
Sabia que morango não é fruta? Veja essa e outras reportagens da série "De onde vem"
Na tradução literal para o português, a palavra bonsai significa "plantar em uma bandeja", mas ela vai além de simplesmente colocar uma muda de árvore dentro de um vaso.
Neste episódio da série "De onde vem", o g1 foi até as cidades de São Lourenço da Serra e Atibaia, no interior de SP, para mostrar como funciona o cultivo e as curiosidades sobre a tal "arte viva".
No vídeo acima, você também vai ver:
🌱 como plantar um bonsai;
🌳 as diferenças entre os bonsais e árvores convencionais;
⛩️ a origem do bonsai;
🧘♀️ o envolvimento do bonsai com o zen-budismo.
Mas, afinal, o que limita o desenvolvimento das árvores? O controle é feito por meio da poda constante, da colocação de arames que regulam a forma dos galhos e da troca regular dos vasos.
Paciência é indispensável para o cultivo de miniárvores, já que elas podem levar dezenas de anos para atingir o tamanho desejável. Acontece que, apesar de serem reconhecidos pela baixa estatura, os bonsais podem atingir mais de 1 metro de altura.
O trabalho no cultivo é recompensado pela longevidade, já que os bonsais podem viver por centenas de anos, quando cuidados corretamente. Além disso, há quem diga que eles atraem sorte e paz para os ambientes.
Créditos do "De onde vem o que eu como"
Coordenação editorial: Luciana de Oliveira
Narração: Matheus Rodrigues
Reportagem: Rafaela Zem
Roteiro: Rafaela Zem e Paula Salati
Coordenação de vídeo: Tatiana Caldas e Mariana Mendicelli
Edição e finalização: Gustavo Wanderley
Coordenação de arte: Guilherme Gomes
Direção de arte e ilustrações: Verônica Medeiros, Luisa Rivas e Vitória Coelho
Fotografia: Fabio Tito
Stop motion: Verônica Medeiros
Motoristas: Ricardo Américo Barbosa
Produtor cultiva centenas de bonsais em São Lourenço da Serra
Fabio Tito/g1
Frutas produzidas por bonsais são idênticas ao de árvores convencionais
Fabio Tito/g1
Engenheiro civil, Márcio Azevedo deixo a profissão para cultivar bonsais
Fabio Tito/g1
Sítio em Atibaia produz mais de mil espécies de bonsai
Fabio Tito/g1
Regina Suzuki cultiva bonsais há quase 30 anos
Fabio Tito/g1
Bonsais podem atingir diferente tamanhos
Fabio Tito/g1
Bonsais podem viver por centenas de anos
Fabio Tito/g1
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Fabio Tito/g1
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20/09 -
Via Varejo, Via, Grupo Casas Bahia: por que a empresa vai mudar de nome de novo?
Mudança faz parte do processo de reestruturação da companhia, que passa por uma grave crise financeira. Mudança faz parte do processo de reestruturação da companhia, que passa por uma grave crise financeira.
Arquivo Pessoal
Pouco mais de dois anos depois de mudar seu nome de Via Varejo para Via, uma das maiores empresas de varejo doméstico do Brasil resolveu voltar às origens e agora se chama Grupo Casas Bahia. A mudança também impacta o código de negociação das ações da companhia na bolsa de valores, a B3, que desta quarta-feira (20) em diante passa a ser BHIA3.
O grupo, que também é dono do Ponto (antigo Ponto Frio), decidiu inclusive retomar o tradicional slogan da Casas Bahia: "dedicação total a você".
A mudança, segundo especialistas, é uma tentativa de reposicionar da marca e retomar o lugar de destaque que ocupava no imaginário popular, em um momento em que a empresa passa por um processo de reestruturação dos negócios, devido a uma severa crise financeira que atravessa nos últimos anos.
Não à toa, a companhia promoveu também um aumento de capital, liberando quase 780 milhões de novas ações no mercado, que tinham o objetivo de levantar R$ 1 bilhão para os cofres da companhia. A oferta de ações, porém, arrecadou um valor bem menor: pouco mais de R$ 620 milhões.
Mais um sinal ruim para a empresa. O mercado não está tão otimista com o futuro do grupo: desde o anúncio da mudança, na última terça-feira (12), as ações da Casas Bahia já despencaram mais de 30%. O motivo é que os problemas da companhia estão muito além do nome que ela carrega.
A situação do Grupo Casas Bahia
A mudança de nome ocorre em meio a uma grave crise financeira que a antiga Via enfrenta, com prejuízos cada vez maiores. Para se ter uma ideia, no 2º trimestre de 2023, a empresa teve um prejuízo líquido de R$ 492 milhões. Esse foi o quarto trimestre consecutivo de prejuízo, cada vez maiores.
Phil Soares, chefe de análise de ações da Órama, destaca que o momento é difícil para todo o varejo. O setor sofre com os juros altos no país, que tornam os processos de financiamento e tomada de crédito mais caros, reduzindo significativamente o consumo da população e elevando os níveis de inadimplência.
Além disso, Iago Souza, analista de varejo da Genial Investimentos, pontua que o grupo passa "por um momento delicado no ambiente competitivo, com a desconfiança após a recuperação judicial da Americanas e com empresas estrangeiras inundando o mercado brasileiro de produtos asiáticos de preço baixo".
No entanto, o principal problema da antiga Via atualmente é o seu elevado endividamento, diz José Eduardo Daronco, analista da Suno Research. "A companhia atualmente está com um resultado operacional muito abaixo do esperado, e a dívida está crescendo."
Plano de reestruturação da empresa
A empresa já começou um plano de reestruturação de negócios. Em agosto, anunciou que vai fechar até 100 lojas físicas e demitir cerca de 6 mil funcionários, além de planejar reduzir até R$ 1 bilhão em seus estoques, deixando os produtos menos lucrativos apenas nos canais de venda online.
A mudança de nome, então, vem para "coroar" toda essa reestruturação e visa tirar a referência negativa que a Via se tornou por conta do momento financeiro ruim.
"Eles querem dar uma repaginada na empresa e também trazer uma imagem nova para os investidores, trazer um aspecto de que eles estão voltando às origens, época em que eles iam super bem", afirma o analista de investimentos Vitor Miziara.
E o "retorno" mira, sobretudo, os pequenos investidores pessoa física, que representam boa parte da base de acionistas da companhia, destaca Phil Soares.
"O objetivo principal é aproximar a parte corporativa da empresa ao investidor de varejo. O nome 'Casas Bahia' tem extrema notoriedade, está há décadas no mercado brasileiro, tem milhões de clientes. Então, o objetivo é aproximar o investidor, especialmente o investidor de varejo, melhorar a familiaridade, para melhorar o apelo e a comunicação com o mercado de uma forma geral", comenta o analista da Órama.
O mercado acredita na mudança?
Embora a retomada do nome Casas Bahia possa trazer um sentimento de nostalgia para os consumidores, isso não é suficiente para que o mercado fique mais otimista com os rumos da companhia, segundo Vitor Miziara. "Para os investidores, de nada vale mudar o nome ou não, afinal, todos estão mais preocupados com números do que com letras", diz ele.
Iago Souza, da Genial, concorda e pontua que os investidores esperam melhores resultados operacionais. A postura ficou clara depois da oferta de ações fracassada da companhia, que levantou pouco mais da metade do dinheiro que desejava.
O analista pontua que o mercado ainda não comprou a tese do plano estratégico e aguarda os números dos próximos trimestres. Ele aponta, inclusive, para a possibilidade de que a Casas Bahia precise entrar com um pedido de recuperação judicial. "Existe espaço para a recuperação, sim. O plano apresentado tem boas propostas, mas estamos cautelosamente negativos ainda", destaca.
Miziara pensa parecido e conclui: "acredito que o aumento de capital não será suficiente para evitar um pedido de recuperação, já que o valor injetado na empresa sustentaria a situação atual por, no máximo, três trimestres se os resultados continuarem como estão. Dado que tanto o preço das ações na última oferta como a demanda dos investidores foram fracos, não vejo espaço para um novo aumento de capital".
Apesar de só ter conseguido cerca de R$ 620 milhões de uma projeção de R$ 1 bilhão, Eduardo Daronco, da Suno, afirma que os recursos trazem algum fôlego para a empresa continuar com sua reestruturação.
Já Soares, da Órama, tem visão mais otimista e considera que a mudança de nome pode trazer algum efeito positivo, ainda que esteja longe de ser o necessário para impulsionar as receitas do grupo, que precisa seguir com sua reestruturação e melhorar a lucratividade. Se isso ocorrer, ele acredita que a empresa "tem tudo para se recuperar da crise financeira".
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20/09 -
Como 'guerra dos chips' entre EUA e China virou oportunidade para o México
A guerra dos chips tem consequências econômicas, mas também para a segurança nacional. Em meio a esta corrida tecnológica, o México pode aproveitar suas vantagens e se beneficiar do novo cenário internacional. ‘Guerra dos Chips’: como Taiwan se tornou centro de disputa política e econômica entre China e EUA
"Por que se fala tanto da 'guerra dos chips' se, no fim das contas, é apenas mais uma batalha comercial entre Estados Unidos e China?", alguém me perguntou outro dia.
O que eu não sabia é que o país que dominar a indústria de semicondutores terá praticamente a economia internacional nas mãos.
Os chips são a alma da economia moderna e o cérebro de todos os sistemas eletrônicos em produtos de consumo de massa, como carros, telefones, computadores, e até mesmo aviões de combate.
"A indústria militar tornou-se cada vez mais dependente de semicondutores avançados para sistemas de computação, sensores e capacidade de comunicação”, diz Chris Miller, professor associado de História Internacional na Universidade Tufts (em Massachusetts, nos EUA), especializado em questões econômicas, tecnológicas e políticas.
Os semicondutores são também a força motriz por trás de inovações que irão revolucionar a forma como vivemos, como a inteligência artificial e a computação quântica.
Bard, o 'ChatGPT do Google', vai se integrar com Gmail, Docs e outros
'Guerra dos chips' está no centro da corrida tecnológica entre EUA e China
Getty Images via BBC
Embora os Estados Unidos continuem a ser líderes no design de chips, a maior parte da fabricação é feita no exterior. Na verdade, a maioria dos chips tecnologicamente mais avançados são fabricados em Taiwan.
E, à medida que a tensão política aumentou nos últimos anos sobre a possibilidade de a China decidir invadir a ilha, também cresceu a preocupação nos EUA sobre a vulnerabilidade do fornecimento de semicondutores.
Além disso, quando a pandemia provocou interrupções nas cadeias de abastecimento e as empresas entenderam que, apesar de terem custos baixos, não podem depender exclusivamente da China, elas começaram a olhar para outros países com a ideia de realocar suas operações.
"E por que não no México?", pergunta Chris Miller.
Muitas empresas começaram a se instalar em outros países asiáticos, mas o país latino-americano também está na corrida para atrair estes investimentos.
"Há uma grande oportunidade para o México", argumenta o autor de livros como A Guerra dos Chips (Globo Livros, 2023) nesta entrevista à BBC News Mundo, serviço da BBC em espanhol.
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A maioria dos chips é fabricada em Taiwan
Getty Images via BBC
BBC News Mundo – Vamos falar sobre o México. Qual o papel que este país pode desempenhar no meio desta guerra de semicondutores que existe entre Estados Unidos e China?
Chris Miller – Existem muitas partes no processo de fabricação de semicondutores. Você tem o design, a produção das ferramentas, a fabricação dos próprios chips, a embalagem antes de serem enviados ao consumidor final. Nenhum país se concentra particularmente em todas as fases.
O México pode desempenhar um papel importante na montagem e embalagem. O país já possui uma indústria de montagem desenvolvida no setor automotivo e no setor de dispositivos médicos.
É por isso que o México pode expandir essa vantagem para as indústrias de montagem e embalagem de chips.
BBC News Mundo – O que dizem as empresas que fabricam semicondutores?
Miller – Se ouvirmos as empresas de tecnologia de produção, o interesse delas é reequilibrar sua cadeia de abastecimento para não ficarem tão dependentes da Ásia Oriental.
Atualmente, a maior parte da montagem e embalagem da indústria de chips é feita no Leste Asiático, em países como China e Taiwan.
Existem muitas empresas que gostariam de ver mais montagem e embalagem de chips na América do Norte.
BBC News Mundo – Mas até agora isso não aconteceu...
Miller – Até agora isso não aconteceu. Acredito que o México tem a geografia, a base industrial, a estrutura de custos para viabilizar a montagem e a embalagem.
BBC News Mundo – Mesmo que não faça parte dos países que se destacam por fabricar tecnologia avançada?
Miller – Acontece que os semicondutores são tecnologia avançada, mas exigem montagem e é nessa parte que o México tem vantagens.
Além de carros e dispositivos médicos, também são montados servidores e computadores no México.
Como empresas estão buscando mudar a cadeia de abastecimento para fora da China, serão necessários mais computadores e servidores montados no México no futuro. Todos esses produtos precisam de semicondutores.
Então, não creio que seja correto dizer que o México não tem base tecnológica para somar-se à mudança. Existem várias indústrias que utilizam muitos semicondutores e ficariam muito entusiasmadas em ver o México desempenhar um papel maior na montagem e embalagem.
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BBC News Mundo – Como o México irá atrair investimentos de empresas fabricantes da indústria de chips se não tiver um plano especificamente concebido para atingir esse objetivo?
Miller – O México precisa fazer mais no desenvolvimento de uma estratégia.
Em última análise, as empresas tomarão decisões de investimento motivadas pela lógica empresarial, mas o governo pode ajudar garantindo que os incentivos fiscais sejam concebidos da melhor forma possível para torná-los atraentes para as empresas.
O segundo ponto é que o governo pode ajudar garantindo que as empresas tenham o fornecimento de eletricidade, água e energia limpa de que necessitam para atrair investimentos a longo prazo.
E a última coisa, provavelmente a mais importante, é que existe um ecossistema suficientemente extenso para o desenvolvimento de economias de escala que reduzam custos, como fizeram China, Vietnã ou Taiwan.
O México tem isso em certas indústrias, como a automotiva, mas não nas indústrias de semicondutores ou na produção de certos componentes eletrônicos.
O governo pode fazer mais para que as empresas percebam que há interesse em desenvolver esta indústria e resolver os problemas que as empresas enfrentam.
Quanto mais investimentos você puder atrair, mais interesse haverá no futuro em novos investimentos.
BBC News Mundo – No meio desta guerra de chips entre os Estados Unidos e a China, você diria então que o México tem uma grande oportunidade comercial?
Miller – Sim, há uma grande oportunidade para o México. E a oportunidade não tem apenas a ver com a corrida pelos semicondutores entre os EUA e a China, penso que cada empresa multinacional que está na China está avaliando o que fazer com sua produção.
Não são apenas as empresas americanas. As empresas japonesas, coreanas e taiwanesas também estão interessadas em transferir sua produção industrial para outros países.
Nas últimas duas décadas, o México perdeu oportunidades porque muitas empresas se estabeleceram na China, mas essa era acabou.
Agora há uma corrida entre o Sudeste Asiático e o México para atrair empresas que vão deixar a China. É uma daquelas oportunidades únicas em uma geração.
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BBC News Mundo – Que benefícios o México poderá obter se conseguir entrar na cadeia de fornecimento de semicondutores?
Miller – Criar empregos de alta qualidade e bem remunerados que sejam relativamente de alta tecnologia. Há uma razão pela qual todos os países tentam competir para atrair estes investimentos.
A indústria de semicondutores pode ter impacto no crescimento econômico do país. Os chips possuem alto valor agregado, é tecnologia avançada.
Certamente uma cadeia de abastecimento centrada na América do Norte seria menos vulnerável a potenciais perturbações.
À medida que aumentam as tensões entre a China e Taiwan, há maior preocupação por parte das grandes empresas.
BBC News Mundo – Que desafios o México enfrenta para entrar no jogo?
Miller – O principal desafio que o México enfrenta é que há muitos países competindo para atrair investimentos para a indústria de semicondutores, incluindo alguns países que desenvolveram grandes ecossistemas eletrônicos e que estão mais focados em atrair investimentos que estão saindo ou irão sair da China.
O governo mexicano tem que ser mais estratégico na atração de empresas e tem que demonstrar que o país é o lugar certo para este tipo de indústria.
BBC News Mundo – É possível que o país consiga isso?
Miller – É possível que o México desempenhe um papel mais importante nas cadeias de abastecimento eletrônico, mas não sou especialista em política mexicana.
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20/09 -
Superquarta: Copom deve baixar juros para o menor nível em 16 meses, e BC americano pode interromper o ciclo de altas
Copom tem nesta quarta-feira (20) seu segundo dia de reuniões e o mercado espera que a taxa Selic caía para 12,75% ao ano. Nos Estados Unidos, o Fed deve manter os juros inalterados, entre 5,25% e 5,50% ao ano. Copom deve reduzir a Selic, taxa básica de juros, nesta Superquarta.
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) e o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciam, nesta quarta-feira (20), suas novas taxas de juros, decisões amplamente aguardadas pelo mercado.
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No Brasil, a expectativa de economistas da maior parte das instituições financeiras é que o comitê promova um corte de 0,5 ponto percentual na Selic, taxa básica de juros, que passaria de 13,25% para 12,75% ao ano. A decisão será anunciada por volta das 18h30.
Já nos Estados Unidos, a visão do mercado é outra. A maioria dos investidores e especialistas acreditam que o Fed deve manter as taxas de juros no patamar em que estão atualmente, entre 5,25% e 5,50% ao ano. No entanto, a possibilidade de que a instituição eleve mais uma vez suas taxas não foi totalmente descartada.
Ciclo de queda nos juros
Se confirmadas as projeções do mercado para a decisão do Copom, esse será o segundo corte seguido na taxa Selic, que começou a recuar em agosto deste ano. Em 12,75% ao ano, a taxa cairia ao menor patamar desde maio de 2022 -- quando estava em 11,75% ao ano. Ou seja, seria a menor taxa em 16 meses.
A aposta do mercado financeiro de que o juro vai cair para 12,75% ao ano tem por base indicações do próprio Banco Central. No comunicado de sua última reunião, quando a taxa recuou 0,5 ponto percentual, o Copom informou que poderia continuar promovendo "redução da mesma magnitude" à adotada naquele momento.
Ata do Copom sinaliza para novos cortes na Selic na ordem de 0,5 pontos
A projeção dos analistas do mercado financeiro é de que a taxa continuará recuando nos próximos meses, terminando o ano de 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a projeção é de que Selic caia para 9% ao ano.
Metas de inflação
Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem e no objetivo, em 12 meses, para o início de 2025.
A meta de inflação do próximo ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Na semana passada, os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação deste ano, de 4,93% para 4,86%, e passaram a projetar uma inflação de 3,98% para 2024.
Taxa básica de juros da economia, a Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.
Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso, porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.
Apesar do aumento da inflação em agosto deste ano, que somou 4,61% em doze meses, analistas avaliam que isso já era projetado. Além disso, pontuam que os dados da inflação subiram menos que o esperado. "Então, ainda há indícios técnicos para haver esta redução [dos juros]", disse Dierson Richetti, sócio da GT Capital.
Consequências de juros menores
De acordo com especialistas, a redução da taxa de juros no Brasil terá várias consequências para a economia. Veja abaixo algumas delas:
Redução das taxas bancárias: a tendência é que os cortes de juros sejam repassados aos clientes. Em junho, antes mesmo do início do ciclo de corte da Selic pelo BC brasileiro, os juros médios dos bancos já começaram a recuar. Foi a primeira queda neste ano. Em julho, último dado divulgado, recuaram novamente.
Crescimento da economia: com juros mais baixos, a expectativa é de que comece a haver um comportamento melhor do consumo da população e, também, melhora dos investimentos produtivos, impactando positivamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda. Os dados de atividade têm surpreendido positivamente neste ano.
Melhora das contas públicas: as reduções de juros também favorecem as contas públicas, pois diminuem as despesas com juros da dívida pública. Em 2022, a despesa com juros somou R$ 586 bilhões. Na porcentagem do PIB (5,96%), foi o maior patamar desde 2017. Analistas estimaram que a redução dos juros pode gerar economia de R$ 100 bilhões em 2024.
Impacto nas aplicações financeiras: investimentos em renda fixa, como no Tesouro Direto e em debêntures, porém, tendem a ter um rendimento menor, com o passar do tempo, do que teriam com juros mais elevados. "Para a renda fixa, continuamos com visão construtiva, dadas as taxas de juros ainda elevadas, mas com preferência para títulos atrelados ao IPCA", avaliou a XP, em comunicado.
Avaliação de economistas
Na avaliação do economista da empresa de investimentos Suno, Rafael Perez, o PIB de 2023 está mostrando resultados melhores do que o esperado, mas não deve causar impacto na inflação. No entanto, como a alta na atividade econômica pode elevar os preços, o economista acredita que os cortes na taxa de juros não terão surpresas nas reuniões até o fim do ano.
"Portanto, para 2023 não acreditamos em mudança na trajetória de queda dos juros, dado que o desempenho mais forte do PIB não deve trazer alterações relevantes sobre inflação e o fato do Banco Central já ter sinalizado cortes de 50 ponto percentual nos juros para este ano. Contudo, esse resultado do PIB pode limitar o espaço para quedas além do que já foi contratado."
Ainda há outras duas reuniões do Copom previstas até o fim do ano: em 1º de novembro e em 13 de dezembro.
O CEO da Loara Crédito, Adilson Seixas, lista alguns fatores para justificar a previsão de queda dos juros nesta reunião do Copom e nas próximas. Entre os pontos listados, estão uma desaceleração da economia esperada para o ano que vem e a melhora do risco fiscal do país.
"No mercado interno, também podemos enfrentar nos próximos meses uma desaceleração da economia, devido aos resultados dos juros altos que se estenderam por um longo período, além da melhora da percepção de risco político-fiscal no país", afirmou. "Esses cenários são alguns pontos de atenção para o Banco Central seguir reduzindo a taxa Selic ao longo de suas próximas reuniões", completou.
Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, apesar da possibilidade de o Copom acelerar os cortes para 0,75 ponto percentual no fim de 2023, o cenário mais favorável, na visão dele, é de que esses cortes sejam de 0,50 ponto percentual em todas as reuniões deste ano.
“Ainda vemos o Copom com uma mensagem de cautela e parcimônia. Portanto, esperamos um corte de 0,50% na quarta-feira. Para os anos fechados, esperamos que a Selic termine 2023 em 11,75%, com o ciclo se estendendo no próximo ano, com a taxa Selic fechando 2024 em 9,50%”, sugere.
Estados Unidos lutando contra a inflação
Diferente do Brasil, o banco central americano ainda não iniciou seu ciclo de quedas nos juros - e também não há previsões concretas de quando isso deve acontecer.
O Fed eleva os juros no país quando precisa controlar a inflação. Com a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia, principalmente, os preços nos Estados Unidos dispararam para os maiores patamares em décadas e isso obrigou a instituição a promover altas nas taxas da maior economia do mundo, que, entre 5,25% e 5,50%, estão no maior patamar em mais de 20 anos.
No entanto, o Fed demorou mais tempo que o Copom para subir os juros e, por isso, também vai demora mais para conseguir iniciar os cortes.
As expectativas de que a instituição deve manter seus juros inalterados nesta reunião foram reforçadas pelos últimos dados de inflação do país. Em agosto, os preços ao consumidor avançaram 0,6% e, apesar da inflação continuar mostrando uma leve aceleração, o número ficou em linha com o que era projetado, sem surpresas negativas para o mercado.
Em junho, o Fed até tentou interromper o ciclo de altas que vem promovendo nas taxas americanas e as manteve inalteradas. Mas, já na reunião seguinte, em julho, voltou a eleva-las, na luta persistente contra a inflação.
Em diversas oportunidades, os dirigentes do Fed já afirmaram que devem continuar subindo os juros até que a inflação esteja controlada, mesmo que isso possa trazer outros impactos para a economia.
ENTENDA: Juros americanos sobem e ameaçam inflação e retomada econômica do Brasil
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19/09 -
Senado aprova projeto que autoriza empresas a venderem títulos para financiar obras de infraestrutura
Proposta agora volta para análise na Câmara, já que o Senado alterou pontos do texto aprovado pelos deputados. O Senado aprovou nesta terça-feira (19) projeto que cria a possibilidade de empresas que prestam serviços públicos comercializarem títulos de dívida (debêntures) no mercado financeiro para financiar obras de infraestrutura.
A proposta terá de passar por nova rodada de votação na Câmara dos Deputados, já que os senadores mudaram o conteúdo do texto.
Uma empresa concessionária, por exemplo, que realiza a manutenção de uma rodovia, vai poder emitir dívidas e com o recurso arrecadado aumentar seu capital e executar projetos de infraestrutura. Funciona como um investimento para quem adquire os títulos.
Na prática, o comprador, pessoa física ou jurídica, empresta dinheiro à empresa e em troca vai receber o valor que investiu corrigido com juros, somado o rendimento. O imposto sobre a renda será descontado dos rendimentos.
As companhias que emitirem debêntures receberão benefício fiscal desde que realizem "projetos de investimento na área de infraestrutura ou de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação" prioritários para o governo.
As empresas vão contar com uma redução de 30% dos juros pagos aos investidores na base de cálculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
As debêntures são diferentes das ações pois funcionam como um empréstimo. O investidor não vira sócio ou ganha participação na empresa.
Presidente Lula critica vaias em evento de lançamento do PAC
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19/09 -
Petrobras anuncia 1ª plataforma elétrica de exploração de petróleo do Brasil
Navio-plataforma Maria Quitéria deve começar a retirar óleo em 2025. Anúncio feito pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates, inclui ainda investimentos de R$ 22 bi em quatro anos no Espírito Santo. Petroleiro da Petrobras durante viagem inaugural
MARCO MARI-BLOG DO PLANALTO via BBC
A Petrobras anunciou que vai investir R$ 22 bilhões no Espírito Santo nos próximos quatro anos em atividades de exploração e produção de petróleo e gás. Os investimentos incluem o início da operação do navio-plataforma Maria Quitéria, o primeiro totalmente elétrico da estatal em todo o Brasil. A previsão é iniciar a retirada do primeiro óleo em 2025.
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A lista de projetos para o estado abrange ainda recursos para o prédio da companhia em Vitória, o Edivit, que vai integrar o plano de fortalecimentos das sedes regionais da estatal.
O anúncio foi feito pelo presidente da empresa, Jean Paul Prates, que foi ao Espírito Santo para comemorar os 15 anos do início da exploração do pré-sal no país, e que começou em solo capixaba.
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"A extração do primeiro óleo foi no Espírito Santo, o que traz o Estado para frente na visão do investidor. O efeito prático dessa atividade é que passou a gerar empregos, a criar expectativa de formação técnica, além de ser uma inspiração para jovens de outras localidades querem vir trabalhar aqui", comentou.
Petrobras será levada a outro nível, diz presidente
Prates ressaltou que a plataforma Maria Quitéria vai ser elétrica, primeira da companhia nesse modelo, o que vai levar o petróleo produzido pela Petrobras a outro patamar, com mais valor agregado.
Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates
Fernando Madeira/Rede Gazeta
O navio-plataforma será do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo) e vai operar no pré-sal do campo Jubarte, que faz parte da Bacia de Campos, com capacidade de produção de 100 mil barris de petróleo por dia.
O sistema vai resultar em uma menor emissão de gases de efeito estufa. A expectativa é que, durante o ciclo de produção e a utilização da tecnologia, deixem de ser emitidos mais de 5 milhões de toneladas de gás carbônico.
Durante a passagem pelo Estado, Jean Paul Prates aproveitou para descartar a possibilidade de a Petrobras abrir mão de sua sede capixaba, que funciona na Reta da Penha, em Vitória. O local conta com o trabalho de 10 mil profissionais, dos quais sete mil atuam embarcados.
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"Esta é uma sede extremamente confortável e moderna e que a Petrobras não pode abrir mão de jeito nenhum, como pensou em fazer. Houve períodos em que havia planos de alienar essa sede, justamente por achar que não era mais necessária", ressaltou.
Prates lembrou ainda que a sede do estado administra a revitalização de alguns campos de petróleo, como o de Albacora. Ele salienta que nesse "revit", como chama, de campos tradicionais da Bacia de Campos, há a substituição de plataformas antigas por outras mais novas e mais eficientes.
"Na verdade, a modernização da estrutura, aplicada à tecnologia, permite que aquele campo volte a produzir um pouco do que já produziu no auge. A revitalização dessas unidades são importantes porque o mundo nos exige cada vez mais um petróleo menos carbonizado", observou.
Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo
Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo
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19/09 -
Dólar sobe e fecha a R$ 4,87, às vésperas de anúncios sobre juros; Ibovespa recua
A moeda norte-americana avançou 0,35%, vendida a R$ 4,8725. Já a Bolsa de Valores brasileira fechou em queda de 0,37%, aos 117.846 pontos. Dólar opera em baixa
Pixabay
O dólar fechou a sessão terça-feira (19), em alta, na medida em que investidores seguiram na expectativa pelo desfecho e importantes reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
O Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, operava em queda nos últimos minutos do pregão.
A grande espera é pelas decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que devem acontecer amanhã, na chamada "Super quarta". (entenda mais abaixo)
Ao final da sessão, a moeda norte-americana avançou 0,35%, vendida a R$ 4,8725. Já o Ibovespa encerrou em queda de 0,37%, aos 117.846 pontos. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar fechou com baixa de 0,31%, vendido a R$ 4,8556, no menor patamar do mês até agora. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular:
alta de 0,04% na semana;
e quedas de 1,57% no mês e de 7,68% no ano.
COMERCIAL X TURISMO: qual a diferença entre a cotação de moedas estrangeiras e por que o turismo é mais caro?
Já no mercado acionário, o Ibovespa fechou em queda de 0,40% na véspera, aos 118.288 pontos. Com o resultado de hoje, passou a acumular:
queda de 0,77% na semana;
e altas de 1,82% no mês e de 7,39% no ano.
DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?
DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?
O que está mexendo com os mercados?
Sem grandes destaques na agenda econômica mundial, o pregão seguiu marcado pela tensão que antecede as decisões de política monetária, principalmente nos Estados Unidos.
A maior parte do mercado espera que o Fed mantenha as taxas de juros do país, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano, inalteradas, depois de dados da inflação de agosto na última semana virem em linha com o que era esperado.
No entanto, o avanço no preço das commodities, sobretudo o petróleo, continua a preocupar investidores e especialistas, uma vez que essa alta pode mais uma vez se refletir em choques inflacionários.
Por aqui, também começa hoje a reunião do Copom. Nesse caso, a previsão é de mais um corte da Selic, taxa básica de juros, hoje em 13,25% ao ano. A maioria das apostas sugerem uma redução de 0,50 ponto percentual, assim como ocorreu na última reunião do comitê — mas há quem acredite na possibilidade de um corte de até 0,75 ponto percentual.
Mas para além da decisão sobre a Selic, a principal expectativa é pelo comunicado do Copom, que deve trazer mais informações sobre como o comitê está enxergando as dinâmicas da economia brasileira e sobre quais devem ser os próximos passos do BC em relação aos juros.
Taxa Selic: entenda os pontos mais importantes para a decisão de juros do Banco Central
Já entre os indicadores domésticos, destaque para a divulgação do Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do BC, considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), que registrou expansão de 0,44% em julho em relação ao mês anterior.
Na comparação com julho do ano passado, o indicador subiu 0,66%. Já no acumulado dos sete primeiros meses deste ano, o IBC-Br avançou 3,21% e, em doze meses até abril, apresentou crescimento de 3,12%.
De volta ao exterior, investidores também seguem de olho na China, à espera de novas decisões de política monetária pelo banco central local, o Banco Popular da China.
Com sinais de desaceleração da atividade chinesa, é esperado que a autarquia promova uma redução nos juros, de forma a estimular a economia do gigante asiático.
Se as expectativas se concretizarem, os impactos positivos devem ser sentidos, inclusive, no mercado brasileiro, já que a China é o principal parceiro comercial do Brasil.
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19/09 -
'Prévia' do PIB do Banco Central indica expansão de 0,44% na economia em julho
Esse foi o segundo mês seguido de alta no indicador. Na parcial do ano, IBC-Br avançou 3,21% e, em doze meses até julho, subiu 3,12%. O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central, considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou expansão de 0,44% em julho, na comparação com o mês anterior informou a instituição nesta terça-feira (19).
O resultado foi calculado após ajuste sazonal, um tipo de "compensação" para comparar períodos diferentes.
De acordo com dados do BC, esse foi o segundo mês seguido de alta no indicador, que subiu 0,22% em junho (dado revisado).
Na comparação com julho do ano passado, informou o Banco Central, o indicador do nível de atividade registrou crescimento de 0,66%.
No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, o IBC-Br avançou 3,21% e, em doze meses até abril, apresentou crescimento de 3,12%. Nesse caso, o índice foi calculado sem ajuste sazonal.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Já o IBC-Br do BC é um índice criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE (veja a diferença mais abaixo).
Nível de atividade
Em 2022, a economia cresceu 2,9%, o que representa desaceleração em relação à expansão de 5% registrada no ano anterior.
Nos três primeiros meses de 2023, na comparação com o trimestre anterior, o PIB avançou 1,9%, ficando acima da expectativa do mercado financeiro. O resultado foi impulsionado, principalmente, pela agropecuária. E no segundo trimestre, cresceu 0,9% - surpreendendo novamente.
Para este ano, o mercado financeiro estima uma alta de 2,89% para o PIB - com estabilidade frente ao resultado do ano passado. Já para 2024, a expectativa é de um crescimento menor, de 1,50%.
Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Nem sempre, entretanto, a alta do PIB equivale a bem-estar social.
PIB x IBC-Br
O cálculo do PIB, divulgado pelo IBGE, e do IBC-Br é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Em agosto, a taxa foi reduzida para 13,25% ao ano no primeiro corte em três anos.
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19/09 -
Confira as vagas de emprego disponíveis em Petrolina, Araripina e Salgueiro nesta terça-feira (19)
As vagas são disponibilizadas diariamente pela Agência do Trabalho de Pernambuco. Carteira de Trabalho.
Reprodução/Internet
A Agência de Trabalho de Pernambuco divulgou as vagas de emprego disponibilizadas paras o municípios de Petrolina, Araripina e Salgueiro , no Sertão de Pernambuco, nesta terça-feira (19). As oportunidades são atualizadas diariamente pelo g1 Petrolina.
Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Sedepe através da internet. O atendimento na agência de Salgueiro é feito a partir de um agendamento prévio, feito pelo site da secretaria. Em Petrolina e Araripina basta ir até a Agência de Trabalho.
Petrolina
Contato: (87) 3866 - 6540
Vagas disponíveis
Salgueiro
Contato: (87) 3871 - 8467
Vagas disponíveis
Araripina
Contato: (87) 3873 - 8381
Vagas disponíveis
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19/09 -
Laranja e sucos de frutas mais caros: entenda o que tem elevado os preços
Estoques da bebida brasileira enfrentam o pior volume desde junho de 2011, início da série histórica da associação dos exportadores (CitrusBR). Preço da laranja sobe para a indústria e para o consumidor. Laranja: suco da fruta pode trazer benefícios para a saúde.
Sheraz Shaikh / Unsplash
O mundo enfrenta uma escassez de suco de laranja. O Brasil, maior produtor da bebida, está com o menor estoque da série histórica feita pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), iniciada em junho de 2011.
Atualmente, há 84.745 toneladas do suco armazenadas pelos associados, 40% a menos do que na comparação com o ano passado.
A maior parte do que é produzido nesse setor no Brasil vai para exportação. Ainda assim, a competição entre a indústria e o consumidor pela laranja aumenta o preço da fruta, explica Fernanda Geraldini, pesquisadora de frutas da equipe de hortifrúti do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/ Esalq - USP).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) de agosto mostrou que os sucos de frutas (não é feita uma discriminação por sabor) ficaram 10% mais caros. Já o preço da laranja pera, a mais popular, subiu 9% no mesmo período. A lima foi a que mais encareceu: 17%.
E, para a indústria, a fruta também não está mais barata. Em setembro, a laranja pera encareceu 16,6% na comparação com o mesmo mês em 2022, apontam dados do Cepea.
Por que está faltando laranja?
Esse cenário é causado pelas dificuldades em se produzir a laranja, causadas por dois fatores:
mudanças climáticas
o "greening", uma doença que afeta os pomares e diminui a qualidade e a produtividade da fruta.
'Greening': entenda a doença
Esses problemas não estão afetando apenas a produção brasileira, como também a dos Estados Unidos, que também são protagonistas neste cultivo.
O país também tem o pior volume de laranjas desde o início da série histórica do Departamento de Agricultura do país (USDA).
Antes de a produção começar a cair por causa do "greening", na safra de 2011/2012 os EUA ocupavam o segundo lugar na produção de suco de laranja no mundo, perdendo apenas para o Brasil. Hoje, os norte-americanos estão em terceiro, atrás também do México.
Além do Brasil e Estados Unidos, o México e a Espanha enfrentaram secas severas e reduções nas colheitas, ao mesmo tempo em que experimentam uma forte demanda por laranjas em seus mercados de frutas frescas.
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O avanço do 'greening'
O "greening" é causado por um fungo que afeta os pés que ainda estão se desenvolvendo e são novos nos pomares, explica o presidente da Associação Brasileira de Citros de Mesa (ABCM), Antonio Simonetti.
A doença faz com que o fruto fique pequeno e caia antes da hora. Com isso, os produtores dependem de árvores mais antigas, mas que já têm uma baixa produtividade pela idade.
O Brasil já enfrentou esse mal anteriormente, mas, segundo Simonetti, os insetos que disseminam as doenças estão resistentes aos agrotóxicos que já existem para combater a praga, o que dificulta o combate, que se torna dependente do desenvolvimento de novas variedades de laranjas e pesticidas.
Com isso, muitos produtores estão desistindo da laranja e iniciando outras culturas, como o milho, ou até mesmo se deslocando para regiões em que a fruta ainda não é muito plantada, sendo áreas sem disseminação de "greening".
Mas a doença não é o único problema que a laranja enfrenta. A instabilidade climática também está colaborando com os números. As altas temperaturas fora de época, quando o fruto está se desenvolvendo, também fazem a laranja cair do pé antes da hora, diz o presidente da ABCM.
As chuvas irregulares também dificultam o desenvolvimento do cultivo.
Já nos Estados Unidos, há ainda os ciclones que atingem a Flórida, explica Geraldini do Cepea.
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Competição pela laranja
Com menos laranja colhida, a indústria passa a competir com os supermercados e feiras pelo produto de mesa, aquele que é cultivado para consumo em casa, deixando a fruta mais cara, afirma Simonetti.
"Estão ficando poucos produtores que querem fornecer para o supermercado por causa da exigência de tamanho de fruta e qualidade", diz.
Ele afirma que os supermercados pagam menos e devolvem a fruta quando a aparência não está perfeita, uma vez isso é importante para o consumidor. Já para fazer suco, as com defeitos também podem ser usadas.
E, mesmo com todos esses problemas, a demanda brasileira por laranja se mantém alta, o que ajuda a diminuir os estoques, ressalta Felippe Serigati, do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro).
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Vai melhorar?
Para o preço da laranja e do suco melhorarem no Brasil, é preciso aumentar a oferta mundial, para diminuir a competição pela fruta.
Para Serigati, a melhora dos estoques depende de como serão as próximas safras dos Estados Unidos. Isso porque, com a recuperação do país, teria mais laranja no mercado.
Contudo, o pesquisador lembra que a laranja é uma cultura permanente, ou seja, ela não é plantada a cada safra, mas são pomares fixos que dão frutos em ciclos. Com isso, a produção da fruta pode demorar mais para se recuperar.
Mas o Brasil também tem um papel importante nessa recuperação, aponta a pesquisadora do Cepea Geraldini. E a melhora do estoque vai depender do clima, se o país manterá altos níveis de vendas, impedindo o incremento dos estoques e se o "greening" continuará avançando.
"Única coisa que talvez a gente pode garantir é que não vai ser no ano que vem", afirma.
Para ela, os Estados Unidos dificilmente voltarão a ter uma produção de grande relevância. Isso porque, há alguns anos, o país sofre com a queda da colheita, uma vez que o declínio acontece de forma contínua desde a safra 2018/19.
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19/09 -
Taxa Selic: entenda os pontos mais importantes para a decisão de juros do Banco Central
Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta terça (19) e na quarta-feira (20) para definir os juros dos próximos 45 dias. Hoje, está na casa dos 13,25% ao ano. Sede do Banco Central, em Brasília
Jornal Nacional/ Reprodução
O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta terça (19) e quarta-feira (20) para definir o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic. Na última reunião, o Copom baixou a Selic pela primeira vez desde 2020, para 13,25% ao ano.
A cada 45 dias, o comitê analisa os dados econômicos do país e define a direção dos juros do país, com o principal objetivo de que a inflação oficial fique dentro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) — de 3,25% com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
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Essa é a dinâmica geral do sistema de metas de inflação. Entre tudo o que o Banco Central do Brasil analisa a cada reunião, quatro pontos são os principais para definir a taxa Selic:
Núcleo da inflação;
Índice de difusão;
Boletim Focus;
Cotação do petróleo.
Nesta matéria, o g1 te explica o que cada ponto significa e como ele pode afetar na decisão da taxa. A expectativa de mercado para o anúncio desta quarta-feira é de um novo corte de 0,5 ponto percentual, para 12,75% ao ano.
Ata do Copom sinaliza para novos cortes na Selic na ordem de 0,5 pontos
Núcleo da inflação
Na dinâmica do pós-pandemia, a inflação de serviços ficou no radar do Banco Central para direcionar a velocidade de corte na taxa de juros. O índice teve lenta desaceleração, mas aproximou-se do índice geral do IPCA. De acordo com os últimos dados do IBGE e na janela de 12 meses, a cesta de serviços acumula alta de 5,43%, com alta de apenas 0,08% no mês de agosto.
Atualmente, os “vilões” da inflação são os produtos monitorados. Os itens - cujos preços são definidos pelo setor público ou por contratos - tornaram-se o destaque dos resultados de inflação.
Na janela de 12 meses, essa cesta de produtos acumula alta de 7,69%, acima do índice geral. No mês, houve aceleração de 0,46% em julho para 1,26% em agosto.
Um dos produtos que influenciou os monitorados é a gasolina, principal subitem da inflação em 2023. Mas a dinâmica dos demais combustíveis também está sob análise do BC, já que trazem impactos nos preços da cadeia de logística ou restringem a capacidade de gasto da população (entenda mais abaixo).
Todos os itens acima fazem parte da cesta que contempla o núcleo da inflação, um cálculo feito com três grandes métricas, que captam a tendência dos preços, desconsiderando choques temporários ou sazonais:
Núcleo de médias aparadas com suavização — o cálculo elimina 40% dos itens que apresentam variações no preço de forma extrema e calcula uma média com o restante dos itens que compõem o IPCA;
Núcleo por exclusão — o cálculo exclui itens dos grupos de alimentação por domicílio e preços administrados por contrato e monitorados (itens cujo valor não sofre tanta alteração por oferta e demanda);
Núcleo por dupla ponderação — o cálculo inclui todos os itens, mas dá um peso menor para os produtos que apresentam maior volatilidade.
“Essas medidas se destrincham em vários números que dão uma base ao BC sobre o cenário inflacionário do país”, explica André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE).
Porém, não existe um padrão consensual na literatura sobre o que constitui um núcleo de inflação ideal, de forma que, normalmente, utilizam-se diversos critérios para avaliá-la. Ou seja, cada analista usa a teoria que acha melhor e faz seus próprios cálculos.
Na prática, o objetivo é sempre acompanhar a alta de preços, mas os cálculos usados podem variar de reunião para reunião.
Vale destacar que os integrantes do Copom também ficam de olho na cotação do real frente ao dólar — que está na casa dos R$ 5,00 — porque quanto mais caro fica para comprar moeda norte-americana, menor deve ser a quantidade de produtos importados e maior deve ser os produtos exportados — o que impacta na inflação.
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Índice de difusão
Outro item importante ao BC é o índice de difusão, um cálculo que mostra a proporção de bens e serviços que tiveram aumento de preços em um determinado período. Por exemplo, se dos aproximadamente 400 itens do IPCA, 200 sofreram aumento nos preços, cerca de 50% dos itens tiveram os preços afetados.
E, segundo o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV, se a porcentagem estiver acima dos 50%, “mais espalhada está a inflação”. Assim, o Copom consegue compreender, diante dos cenários internacionais, se é uma questão de sazonalidade ou se determinada mudança nos preços é algo para se prestar atenção.
A sazonalidade não tão é importante ao Banco Central porque o preço desses produtos pode subir ou descer conforme, por exemplo, o clima de uma região.
Boletim Focus
O terceiro ponto é o boletim Focus, um relatório publicado toda segunda-feira, pelo próprio BC, contendo as expectativas do mercado sobre alguns indicadores econômicos, como a inflação e os juros nos próximos anos.
O levantamento mostra as expectativas dos agentes para dados econômicos, como atividade, inflação, juros, dólar, entre outros. Por ali, é possível vislumbrar sobre a esperança que o mercado deposita no Banco Central para cumprir com as metas.
“Se a inflação se distancia [da meta], significa que o BC está com uma política monetária frágil”, afirma o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV. E o objetivo de todos os investidores é proteger seu dinheiro da inflação. Assim, eles tendem a tirar dinheiro do país para procurar produtos onde a inflação não corroa seu bolso.
Na prática, a inflação mostra uma insegurança dentro do sistema econômico do país, o que gera um maior risco ao investidor, que procura outros países onde consiga ter maior segurança sobre o retorno financeiro.
No boletim Focus desta segunda-feira (18), os analistas do mercado financeiro baixaram a estimativa do valor da inflação de 4,93% para 4,86%. O valor está em queda desde meados de maio, mas permanece acima do teto da meta definido pelo CMN — de 4,75%.
“A inflação ao consumidor segue com uma dinâmica corrente mais benigna, em particular nos componentes referentes a bens industriais e alimentos. Os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, que possuem maior inércia inflacionária, apresentaram queda, mas mantêm-se acima da meta para a inflação”, informou o BC na ata da última reunião, que aconteceu em agosto.
Petróleo
De acordo com Rodolfo Margato, economista da XP, um quarto ponto que está no radar dos integrantes do Copom é o preço do petróleo. Ele explica que o preço da commodity impacta no preço dos combustíveis e reflete diretamente no IPCA.
Isso porque o encarecimento tanto do álcool, como da gasolina, ou do diesel faz com que as empresas gastem mais para transportar os produtos e, consequentemente, tenham que subir o preço dos produtos.
Segundos os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgados na última sexta-feira (15), a gasolina e o álcool caíram para R$ 5,84 e R$ 3,64, respectivamente.
Enquanto o litro do diesel engatou sua sétima alta consecutiva e foi encontrado nos postos, em média, a R$ 6,10 (veja o preço dos combustíveis nos últimos meses abaixo).
Ainda assim, a alta da gasolina foi de 13,02% em 2023, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto. A participação total do combustível no acumulado do ano foi de 0,60 p.p. Em 2023, o IPCA tem alta de 3,23%.
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19/09 -
Haddad faz reunião bilateral a portas fechadas com representante especial dos EUA para o clima
O encontro do ministro da Fazenda e John Kerry ocorreu na tarde desta segunda-feira (18). Haddad faz reunião bilateral a portas fechadas com representante especial dos EUA para o clima
Na tarde desta segunda-feira (18), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad fez uma reunião bilateral a portas fechadas com o representante especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry. Segundo o ministro, o encontro teve o objetivo de promover "mais parcerias".
Haddad disse que enfatizou a necessidade de criar oportunidades para as empresas brasileiras estabelecerem parcerias mais abrangentes com os Estados Unidos.
“O que eu conversei com John Kerry foi que nós tínhamos que abrir espaço para que as nossas empresas pudessem fazer mais parcerias, porque nem tudo interessa produzir nos Estados Unidos. Então, o aspecto crucial é que nós possamos explorar mais possibilidades sem as amarras típicas dos acordos bilaterais e multilaterais”, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Haddad faz reunião bilateral a portas fechadas com representante especial dos EUA para o clima
Reprodução/TV Globo
Após o encontro, os dois participaram de um evento que abordou o desenvolvimento sustentável do Brasil, com foco especial na preservação da Amazônia.
Ao final do evento, John Kerry afirmou que as pessoas estão descobrindo agora que há formas inteligentes de ganhar dinheiro com investimentos que ajudam a proteger pessoas e florestas.
Haddad e representante especial dos EUA para o clima em evento sobre desenvolvimento sustentável do Brasil
Reprodução/TV Globo
Brasil lança 'títulos verdes' na bolsa de NY
Ainda nesta segunda-feira (18), o governo brasileiro lançou uma forma inédita de financiamento de proteção do meio ambiente. Pela primeira vez, o governo brasileiro vai oferecer no mercado financeiro internacional títulos da dívida externa com critérios sustentáveis: são os chamados títulos verdes.
Só nos Estados Unidos, a previsão é captar até US$ 2 bilhões, equivalente a cerca de R$ 10 bilhões, com a venda desses papéis. O valor será usado exclusivamente para financiar ações sustentáveis, como adaptar a indústria brasileira a essa nova realidade de combate às mudanças climáticas. O governo brasileiro promete divulgar dois relatórios anuais para mostrar onde o dinheiro está sendo investido. Os títulos verdes deverão estar disponíveis até outubro.
Haddad faz reunião bilateral a portas fechadas com representante especial dos EUA para o clima
Reprodução/TV Globo
Veja a reportagem completa, abaixo:
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18/09 -
Governo planeja comprar energia solar para residências do Minha Casa, Minha Vida, diz ministro das Cidades
No lugar de comprar painéis solares, governo compraria energia solar de produtores para fornecimento às casas populares. Ideia está sendo discutida pelos ministérios das Cidades, Minas e Energia e Casa Civil. O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou nesta segunda-feira (18) que o governo pretende enviar ao Congresso um projeto para comprar energia renovável para as residências do programa Minha Casa, Minha Vida.
A ideia é substituir a instalação de placas solares nas residências do programa pela compra de energia solar de produtores. Essa energia seria fornecida para as casas populares.
"Chegamos à conclusão de que era melhor fazer a compra da energia a partir das pessoas que produzem energia solar, das fazendas que hoje temos em diversos exemplos pelo país. Então, o mesmo valor que seria investido na aquisição dessas placas solares será feito para aquisição da energia a partir disso", disse o ministro em evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Nova York.
O ministro afirmou que, pela experiência nas edições anteriores do programa, os painéis solares acabavam sendo vendidos ou não tinham manutenção, o que dificultava a continuidade da política pública.
"Desde que o presidente Lula criou o programa lá em 2009, ficou perceptível que, em alguns estados, quando você aplicava placa solar no telhado das casas, aquilo muitas das vezes era vendido ou não tinha manutenção para poder dar sequência nisso", declarou.
Eespecialista explica como participar do programa Minha Casa, Minha Vida
Veto de Lula a trecho sobre painéis solares
Em julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou um trecho sobre painéis solares da lei que recriou o programa Minha Casa, Minha Vida.
O trecho havia sido incluído no Congresso e obrigava as distribuidoras a comprar o excedente de energia produzida pelos painéis solares instalados nas casas populares.
Na ocasião, Jader Filho afirmou que o governo iria iniciar um processo de discussão com o Congresso e o setor privado sobre o tema.
"Pactuamos que faríamos o veto disso, mas não estamos desconsiderando, muito pelo contrário, queremos que a questão da energia solar esteja dentro do programa da Minha Casa, Minha Vida", afirmou em julho.
Ao aprovar a medida provisória que recria o programa, o Congresso acrescentou o trecho que obrigava as distribuidoras a comprar o excedente de energia produzido pelas placas solares instaladas nas casas populares.
A instalação dessas placas foi proposta pelo governo na medida, como uma forma de baratear a energia consumida.
A produção de energia pelo próprio consumidor, principalmente a partir desses painéis, é chamada de "geração distribuída". Funciona da seguinte forma:
O consumidor está conectado ao sistema de distribuição, mesmo que tenha placas solares instaladas;
Ele injeta a energia produzida na rede e a distribuidora faz um cálculo da quantidade de energia que “entrou” no sistema e que foi consumida;
Como a geração de energia solar é inconsistente, porque depende do clima, é possível que em um mês o consumidor produza mais energia do que consome;
Esse excedente vira crédito, que pode ser descontado em um outro mês em que ele consome mais do que produz.
Com as mudanças do Congresso, no lugar de conceder crédito, a distribuidora teria que comprar a energia que teria "sobrado". Esse trecho foi criticado por entidades do setor por causa de um eventual impacto na conta de luz daqueles que não têm painéis em suas residências.
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18/09 -
Ministério da Agricultura confirma 1º foco de gripe aviária em criação de aves domésticas em MS
O vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP - H5N1) foi identificado em aves domésticas de subsistência em Bonito (MS). Este é o 3º caso em aves de subsistência detectado no Brasil. Local onde animais contaminados foi encontrado passa por vistoria.
Reprodução
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou o 1º foco de gripe aviária em Mato Grosso do Sul nesta segunda-feira (18). De acordo com a nota do ministério, a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP - H5N1) foi feita em uma criação de aves domésticas de subsistência em Bonito (MS).
O Mapa explica que as medidas sanitárias estão sendo aplicadas pelo Serviço Veterinário Oficial para contenção e erradicação do foco, bem como estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região.
"Não há estabelecimentos avícolas industriais nas áreas de risco epidemiológico ao redor do foco", frisa o Ministério.
Segundo o Mapa, a ocorrência da gripe aviária em Mato Grosso do Sul não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas, já que o vírus foi identificado em uma ave de substância. "O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros", complementa o Ministério.
Conforme comunicado do Mapa, o caso registrado em Mato Grosso do Sul é o o terceiro especificamente em aves de subsistência detectado no Brasil.
Na sexta-feira (15), o Brasil bateu o número de 100 focos confirmados. Agora, na segunda, os dados atualizados apontam 103 casos de gripe aviária no país.
"O Mapa segue alertando a população para que não recolham as aves que encontrarem doentes ou mortas e acionem o serviço veterinário mais próximo para evitar que a doença se espalhe. Não há mudanças no status brasileiro de livre da influenza aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), por não haver registro da doença na produção comercial", destaca o Ministério.
O g1 entrou em contato com a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro), que diz estar ciente do caso, mas não divulgou outras informações. A prefeitura de Bonito também informou que sabe do foco e atua junto ao governo do estado e Secretaria Municipal de Saúde.
Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) reforçou o monitoramento realizado pelo Ministério da Agricultura. Para a ABPA, a biossegurança é o melhor caminho para a segurança.
"Ao mesmo tempo, reitera as recomendações já feitas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária: em qualquer situação de suspeita da enfermidade, não toque no animal e acione imediatamente o serviço veterinário mais próximo", emitiu o alerta a ABPA.
Instituto Butantan está desenvolvendo 1ª vacina do Brasil contra gripe aviária
Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:
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18/09 -
Em NY, Haddad cita boa receptividade de investidores a 'títulos verdes' e fala em 'neoindustrializar' o Brasil
Ministro da Fazenda participou de evento na Bolsa de Nova York sobre desenvolvimento sustentável. Para ele, reforma tributária e agenda de transformação ecológica podem elevar potencial de crescimento do país. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (18), em Nova York, que houve uma "extraordinária receptividade" dos investidores estrangeiros aos títulos verdes brasileiros que serão lançados nas próximas semanas.
Haddad acrescentou ainda que é possível "neoindustrializar" o país para produzir e exportar produtos com boas práticas ambientais.
As declarações foram durante evento produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na Bolsa de Valores de Nova York, com o tema: "Brasil em foco: mais verde e comprometido com o desenvolvimento sustentável". Autoridades de outros poderes também estavam presentes.
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Segundo o ministro, a equipe do Tesouro Nacional já apresentou o formato dos títulos verdes brasileiros a mais de 60 fundos internacionais, alguns trilionários, com boa receptividade.
Entre as regras desses títulos, está definido que os recursos captados de investidores do exterior deverão ser necessariamente direcionados para projetos ambientais.
"Não existe divórcio entre sustentabilidade e desenvolvimento. Isso é coisa do passado, dos equívocos do passado. O futuro é do desenvolvimento sustentável e o Brasil pode ter um papel proeminente nisso. Sabendo lidar com nossas parcerias, oxalá o acordo Mercosul-União Europeia seja aprovado no segundo semestre, mas também com os investidores americanos", afirmou Haddad.
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De acordo com o ministro, o novo Plano Safra do governo contempla iniciativas de agricultura de baixo carbono. Na visão dele, a agropecuária brasileira tem investido muito em tecnologias voltadas para novas formas de produção, e vem garantindo, com isso, espaço no mercado internacional.
"O agro é o primeiro a saber que se essa agenda não for endereçada, vai acabar perdendo mercado internacional. Nossa pecuária tem muito que evoluir, temos condição de fazer um grande trabalho no campo", afirmou o ministro.
Ele disse também que há hoje uma janela de oportunidade a ser aproveitada no cenário internacional, pois o Brasil sofreu menos do que outras nações os efeitos da crise financeira de 2008, da pandemia da Covid-19 e, também, da guerra na Ucrânia – além de estar voltado à economia de baixo carbono e combate aos desequilíbrios ambientais.
Para que o Brasil continue crescendo de forma sustentável, Haddad citou a necessidade de terminar a reforma tributária sobre o consumo, que já passou pela Câmara dos Deputados e tramita no Senado, além de avançar na agenda ambiental, e na agenda para baratear o crédito (com aprovação do marco de garantias), entre outras iniciativas.
"Essa combinação virtuosa permite relançar um plano de desenvolvimento. O Brasil vai crescer, mas podemos crescer com base no potencial estimado de 2% a 2,5% ao ano. Tem gente que acha que é menos do que isso o crescimento potencial do país, eu não faço parte desse time. Mas a oportunidade que se abre vai se agregar ao que seria uma taxa potencial de crescimento, de 2 a 2,5%, quanto a reforma tributária e o plano de transformação ecológica vão acrescentar quanto a isso", disse.
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18/09 -
Em reunião com Biden, Lula vai reclamar de subsídios do pacote verde dos EUA
Lula chega a Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU e evento com Biden
A preocupação do governo brasileiro com a migração dos investimentos verdes para os Estados Unidos, por conta do pacote ambiental de subsídios lançado pelo governo Biden, vai ser tema da reunião bilateral entre os dois presidentes, na quarta-feira (20), em Nova York.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ao blog na manhã desta segunda (18), Lula irá levar a preocupação ao presidente Joe Biden. Haddad vai participar do encontro.
A cautela do Brasil é sobre como o pacote verde dos EUA direciona subsídios para quem fizer investimentos sustentáveis em solo americano, o que pode retirar do Brasil recursos e projetos na área.
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O encontro de Lula e Biden tem como centro uma agenda positiva: o lançamento de um pacto para o futuro do trabalho. Mas ganharam força os alertas vindos de especialistas do setor de sustentabilidade, que já mostram casos de empresas que optaram por não ir ao Brasil para investir nos EUA.
O Brasil ainda se preocupa com o pacote verde da União Europeia, também recheado de subsídios locais.
Nesta segunda-feira, em Nova York, Haddad participou ao lado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e do presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, de um debate sobre atração de investimentos verdes.
Na plateia, estavam os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e outras lideranças do Congresso, ministros do governo e empresários.
O evento foi organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que, na noite de domingo (17), já haviam oferecido um jantar para o presidente Lula, também em Nova York, com investidores estrangeiros.
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18/09 -
Governo aumenta expectativa de crescimento econômico de 2,5% para 3,2% em 2023
Aumento na produção agrícola esperado neste ano e recuperação da economia chinesa estão entre os fatores que elevaram a expectativa. Inflação permanece estimada em 4,85% para este ano. O Ministério da Fazenda aumentou a estimativa de crescimento econômico do país em 2023, de 2,5% para 3,2%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (18).
A pasta justifica a elevação na expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 por causa de:
"surpresa com o avanço do PIB" no segundo trimestre deste ano;
aumento da safra projetada para o ano;
resultados positivos no terceiro trimestre;
expectativa de recuperação da economia chinesa no quarto trimestre.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.
As expectativas do governo para o crescimento da economia em 2023 superam a previsão do mercado financeiro. Os analistas esperam um aumento de 2,89% no PIB, segundo dados do Banco Central do Brasil publicados nesta segunda (18).
O mercado também ampliou suas estimativas, depois do crescimento de 0,9% no segundo trimestre, superando as expectativas dos analistas. A previsão anterior para 2023 era de 2,64%.
Para 2024, a Fazenda manteve a projeção do PIB em 2,3%. Segundo a pasta, indústria e setor de serviços devem se beneficiar dos programas de incentivo ao investimento, renegociação de dívidas e de transferência de renda.
De acordo com o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, as estimativas do mercado financeiro e a precificação dos juros e da taxa de câmbio têm confirmado as projeções do Ministério da Fazenda.
"O conjunto de projeções do mercado [...] tem tido um resultado bastante benigno na nossa leitura em relação à dinâmica da economia brasileira e tem tido também um comportamento que tem confirmado de alguma forma as projeções que nós fazemos aqui na SPE [Secretaria de Política Econômica]", afirmou.
O que é o PIB e quais os impactos dele?
Inflação
O Ministério da Fazenda estima ainda a manutenção da inflação em 4,85% em 2023.
Segundo o ministério, a alta nos preços dos combustíveis nas refinarias da Petrobras – que têm impactos sobre a inflação – está sendo compensada pela redução nos preços da alimentação e outros serviços relacionados. Por isso, a expectativa de IPCA em 2023 foi mantida.
A meta de inflação para este ano é de 3,25%, podendo variar de 1,75% a 4,75%. Se o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar nesse intervalo, a meta será considerada cumprida.
Já para 2024, a previsão para o IPCA aumentou de 3,3% para 3,4% em razão da mudança no cenário de câmbio e preços das commodites.
O governo considerou o aumento nos preços do petróleo, o impacto do fenômeno climático El Niño sobre a produção de alimentos e alta na taxa de câmbio.
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18/09 -
Desenrola renegocia R$ 13,2 bilhões em dívidas no segundo mês, diz Febraban
Cerca de 6 milhões de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100 tiveram os nomes desnegativados. Cédulas de real nas mãos de uma pessoa. notas, dinheiro, reais, dólares, cotação, câmbio, valor, economia. -HN-
Marcos Santos/USP Imagens
Os bancos brasileiros já renegociaram 1,9 milhão de contratos em dois meses, desde o início do programa Desenrola Brasil, informou a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta segunda-feira (18).
Segundo a federação, foram R$ 13,2 bilhões negociados exclusivamente pela Faixa 2 — que foca em resolver as dívidas de pessoas físicas com débitos negativados até 31 de dezembro de 2022 e renda de até R$ 20 mil.
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No total, foram beneficiados cerca de 1,46 milhão clientes. A adesão ao programa irá até 31 de dezembro deste ano.
O programa “Desenrola Brasil’ é uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele foi criado para promover um mutirão de renegociação de dívidas de pessoas físicas. A ideia central é tirar pessoas da lista de negativados e retomar o potencial de consumo da população.
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Ainda de acordo com a federação, as instituições financeiras limparam o nome de cerca de 6 milhões de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100 — uma contrapartida à participação dos bancos no programa.
Isso significa que, se o devedor não tinha outros débitos pendentes, ficou com o "nome limpo" nos sistemas de proteção ao crédito.
Inicialmente, o Ministério da Fazenda projetava que 1,5 milhão de pessoas poderiam ser contempladas por essa medida, mas a meta foi ultrapassada logo na primeira semana do Desenrola.
Vale lembrar, no entanto, que a desnegativação não significa um perdão. O débito seguirá existindo, mas os bancos se comprometem a não incluir os devedores no cadastro negativo.
Em nota, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, destaca que “os bancos estão diretamente envolvidos na concepção e no desenvolvimento do Programa Desenrola desde o início e o programa cumpre papel essencial no momento delicado das finanças das famílias brasileiras, ao procurar reduzir dívidas da maior quantidade possível de pessoas”.
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18/09 -
Ibovespa recua e fecha aos 118 mil pontos, à espera de decisões de juros no Brasil e nos EUA
O principal índice da bolsa de valores brasileira caiu 0,40%, aos 118.288 pontos. Ibovespa opera em baixa, puxado pelo exterior.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em queda nesta segunda-feira (18), após passar boa parte do pregão oscilando entre altas e baixas.
Além das expectativas pelas decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, que acontecem em reuniões dos banco centrais na quarta-feira (20), investidores também repercutiram o novo Boletim Focus, relatório semanal do Banco Central do Brasil (BC), que traz projeções sobre os principais indicadores econômicos do país.
Ao final do pregão, o índice recuou 0,40%, aos 118.288 pontos. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira (15), o Ibovespa fechou em baixa de 0,53%, aos 118.758 pontos. Com o resultado de hoje, o índice passou a acumular:
queda de 0,31% na semana;
avanço de 2,20% no mês;
e alta de 7,80% no ano.
No mercado cambial, o dólar recuou 0,31%, a R$ 4,8556.
O que está mexendo com os mercados?
O que está mexendo com os mercados?
Os próximos dias, marcados pelas últimas decisões de política monetária do terceiro trimestre deste ano, serão de grande importância para a economia global — com destaque para a próxima quarta-feira (20), dia conhecido como "super quarta" e que terá as definições de juros dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil.
Nos EUA, a maior parte do mercado espera que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mantenha as taxas básicas do país inalteradas entre 5,25% e 5,50%, uma vez que os últimos dados de inflação vieram em linha com as projeções. Há, no entanto, quem ainda projete um novo aumento de juros pela autoridade monetária.
Se os juros sobem no país, o rendimento dos seus títulos públicos também ficam maiores. Por se tratar da maior economia do mundo, esses títulos são considerados os mais seguros e, com uma maior rentabilidade, atraem mais investidores — o que leva a uma migração do capital estrangeiro para esses ativos, diminuindo o volume de negócios nos mercados acionários pelo mundo.
Já no Brasil, as apostas são de que o Banco Central deve repetir a dose e trazer um novo corte da Selic (taxa básica de juros), de pelo menos 0,50 ponto percentual. Atualmente, a taxa está em 13,25% ao ano.
Mas a expectativa maior fica, na verdade, com as sinalizações que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve sinalizar em seu comunicado após a reunião: se haverá novos cortes na taxa Selic nos próximos meses e quais serão as suas magnitudes.
Além de Brasil e Estados Unidos, investidores também estão de olho nas decisões de política monetária em outros países, como China e Japão, que devem acontecer na próxima sexta-feira (22).
Na agenda doméstica, outro fator que ficou sob os holofotes foi o Boletim Focus. Na edição do relatório desta semana, os economistas ouvidos pelo BC reduziram as suas estimativas para a inflação brasileira em 2023 e em 2024. Para este ano, as projeções caíram de 4,93% para 4,86%. Para o próximo, de 3,89% para 3,86%.
O boletim também trouxe um aumento nas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em 2023, o mercado elevou as expectativas de crescimento de 2,64% para 2,89%. Já no próximo ano, as previsões passaram de alta de 1,47% para 1,50%.
Por fim, também teve destaque a notícia de que o Ministério da Fazenda aumentou as expectativas de crescimento econômico no Brasil para este ano, de 2,5% para 3,2%. As justificativas dadas pela Pasta foram:
a "surpresa com o avanço do PIB" no segundo trimestre deste ano;
o aumento da safra projetada para o ano;
os resultados positivos no terceiro trimestre;
a expectativa de recuperação da economia chinesa no quarto trimestre.
No exterior, a melhora nos indicadores econômicos da China na última sexta-feira continuou a impulsionar os negócios. As vendas no varejo e produção industrial do país cresceram acima do esperado, trazendo a perspectiva de que a segunda maior economia do mundo está se estabilizando.
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18/09 -
Dólar engata 4ª queda seguida e fecha a R$ 4,85, com otimismo no PIB e espera por nova taxa de juros
A moeda norte-americana recuou 0,31%, vendida a R$ 4,8556. Dólar opera em baixa
Freepik
O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (18), no início de uma semana importante para a economia em todo o mundo. Nos próximos dias, os bancos centrais de diversos países — com destaque para Brasil, Estados unidos, China e Japão — anunciarão suas decisões de política monetária, com as novas taxas de juros para cada região.
Na agenda, o mercado doméstico ainda repercutiu novos dados do Boletim Focus, relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne as projeções de economistas para os principais indicadores econômicos do país, e a melhora nas projeções para a atividade brasileira. No exterior, os sinais de estabilização da economia chinesa também ficaram no radar.
Ao final da sessão, a moeda norte-americana recuou 0,31%, cotada a R$ 4,8556, no menor patamar do mês até agora. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira (15), o dólar fechou com baixa de 0,03%, vendido a R$ 4,8706. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular quedas de:
0,31% na semana;
1,91% no mês;
e de 8,00% no ano.
No mercado acionário, o Ibovespa fechou em queda de 0,40%, aos 118.288 pontos.
COMERCIAL X TURISMO: qual a diferença entre a cotação de moedas estrangeiras e por que o turismo é mais caro?
DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?
DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?
O que está mexendo com os mercados?
Os próximos dias, marcados pelas últimas decisões de política monetária do terceiro trimestre deste ano, serão de grande importância para a economia global — com destaque para a próxima quarta-feira (20), dia conhecido como "super quarta" e que terá as definições de juros dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil.
Nos EUA, a maior parte do mercado espera que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mantenha as taxas básicas do país inalteradas entre 5,25% e 5,50%, uma vez que os últimos dados de inflação vieram em linha com as projeções. Há, no entanto, quem ainda projete um novo aumento de juros pela autoridade monetária.
Se os juros sobem no país, o rendimento dos seus títulos públicos também ficam maiores. Por se tratar da maior economia do mundo, esses títulos são considerados os mais seguros e, com uma maior rentabilidade, atraem mais investidores — o que leva a uma migração do capital estrangeiro, valorizando o dólar frente a outras moedas.
Já no Brasil, as apostas são de que o Banco Central deve repetir a dose e trazer um novo corte da Selic (taxa básica de juros), de pelo menos 0,50 ponto percentual. Atualmente, a taxa está em 13,25% ao ano.
Mas a expectativa maior fica, na verdade, com as sinalizações que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve sinalizar em seu comunicado após a reunião: se haverá novos cortes na taxa Selic nos próximos meses e quais serão as suas magnitudes.
Além de Brasil e Estados Unidos, investidores também estão de olho nas decisões de política monetária em outros países, como China e Japão, que devem acontecer na próxima sexta-feira (22).
Na agenda doméstica, outro fator que ficou sob os holofotes foi o Boletim Focus. Na edição do relatório desta semana, os economistas ouvidos pelo BC reduziram as suas estimativas para a inflação brasileira em 2023 e em 2024. Para este ano, as projeções caíram de 4,93% para 4,86%. Para o próximo, de 3,89% para 3,86%.
O boletim também trouxe um aumento nas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em 2023, o mercado elevou as expectativas de crescimento de 2,64% para 2,89%. Já no próximo ano, as previsões passaram de alta de 1,47% para 1,50%.
Por fim, também teve destaque a notícia de que o Ministério da Fazenda aumentou as expectativas de crescimento econômico no Brasil para este ano, de 2,5% para 3,2%. As justificativas dadas pela Pasta foram:
a "surpresa com o avanço do PIB" no segundo trimestre deste ano;
o aumento da safra projetada para o ano;
os resultados positivos no terceiro trimestre;
a expectativa de recuperação da economia chinesa no quarto trimestre.
No exterior, a melhora nos indicadores econômicos da China na última sexta-feira continuou a impulsionar os negócios. As vendas no varejo e produção industrial do país cresceram acima do esperado, trazendo a perspectiva de que a segunda maior economia do mundo está se estabilizando.
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18/09 -
Mercado baixa estimativa de inflação e vê alta maior do PIB em 2023 e 2024
Estimativa do mercado para inflação para este ano caiu para 4,86%, mas ainda supera teto da meta definido pelo governo. Números foram divulgados nesta segunda-feira (18) pelo BC. Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para 2023 e 2024 e também passaram a prever uma expansão maior da economia nos dois anos.
As informações constam no relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (18) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia.
No caso da projeção de inflação para 2023, os analistas do mercado financeiro baixaram o valor de 4,93% para 4,86% na última semana.
Mesmo assim, a estimativa dos analistas para a inflação de 2023 ainda segue acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A meta central de inflação é de 3,25% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75% neste ano.
De acordo com a pesquisa do BC, o mercado financeiro baixou de 3,89% para 3,86% sua estimativa para a inflação do próximo ano.
Especial g1: o que é inflação
Entenda: como a inflação mexe no seu bolso
Para 2024, a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem e no objetivo, em 12 meses, para o início de 2025.
Se a projeção do mercado financeiro se confirmar, este será o terceiro ano seguido de estouro da meta de inflação, ou seja, no qual o IPCA fica acima do teto fixado pelo governo. Em 2022, a inflação somou 5,79%.
Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso, porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.
Produto Interno Bruto
Sobre o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado financeiro elevou a previsão, de 2,64% para 2,89%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.
Já para 2024, a previsão de crescimento da economia do mercado financeiro subiu de 1,47% para 1,50%.
A previsão de um crescimento maior da economia acontece após o anúncio de que o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre deste ano teve alta de 0,9%, bem acima das expectativas dos analistas.
Taxa de juros
Os economistas do mercado financeiro mantiveram as estimativas para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano e de 2024.
Para o fim de 2023, o mercado financeiro manteve a projeção para a taxa Selic em 11,75% ao ano.
Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia seguiu 9% ao ano.
Outras estimativas
Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC:
Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2023 caiu de R$ 5 para R$ 4,95. Para o fim de 2024, recuou de R$ 5,02 para R$ 5.
Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu de R$ 70,1 bilhões para US$ 70,4 bilhões de superávit em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo permaneceu em US$ 60 bilhões.
Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 80 bilhões de ingresso. Para 2024, a estimativa de ingresso ficou estável também em US$ 80 bilhões.
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18/09 -
Confira as vagas de emprego disponíveis em Petrolina, Araripina e Salgueiro nesta segunda-feira (18)
As vagas são disponibilizadas diariamente pela Agência do Trabalho de Pernambuco. Carteira de trabalho
Lílian Veronezi/Prefeitura de Uberaba
A Agência de Trabalho de Pernambuco divulgou as vagas de emprego disponibilizadas paras o municípios de Petrolina, Araripina e Salgueiro , no Sertão de Pernambuco, nesta segunda-feira (18). As oportunidades são atualizadas diariamente pelo g1 Petrolina.
Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Sedepe através da internet. O atendimento na agência de Salgueiro é feito a partir de um agendamento prévio, feito pelo site da secretaria. Em Petrolina e Araripina basta ir até a Agência de Trabalho.
Petrolina
Contato: (87) 3866 - 6540
Vagas disponíveis
Salgueiro
Contato: (87) 3871 - 8467
Vagas disponíveis
Araripina
Contato: (87) 3873 - 8381
Vagas disponíveis
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18/09 -
Desenrola: nova fase vai parcelar dívidas até R$ 5 mil e exigirá conta no gov.br; veja como criar
Poderão participar desta etapa pessoas com renda de até 2 salários mínimos, ou que sejam inscritas no CadÚnico. Conta gov.br é gratuita e permite comprovar a identidade do cidadão. Interessados na renegociação devem obrigatoriamente se inscrever na plataforma gov.br
Jornal Nacional/ Reprodução
A nova fase do Desenrola Brasil, programa de renegociação de débitos lançado pelo governo, terá início nas próximas semanas. Desta etapa, poderão participar pessoas com renda de até 2 salários mínimos, ou que sejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com dívidas até R$ 5 mil.
Para participar, os interessados devem obrigatoriamente se inscrever no gov.br. Sem esse cadastro, não é possível acessar o sistema para realizar a renegociação.
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A conta gov.br é gratuita e permite comprovar a identidade do cidadão. No caso do Desenrola, os devedores terão de habilitar contas de nível Prata ou Ouro.
Passo a passo
Veja o passo a passo para fazer a conta no gov.br
acessar o portal www.gov.br
selecionar "Entrar com gov.br”
digitar o CPF e clicar em “Continuar” – nessa etapa é possível criar ou alterar a conta
preencher formulário com dados pessoais.
Alcançar o nível Prata pode ser feito de três maneiras. Através da:
validação facial pelo aplicativo GOV.BR para conferência da foto junto à Carteira de Habilitação (CNH)
validação dos dados pessoais via internet banking de um banco credenciado. As instituições financeiras credenciadas são: Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Banco de Brasília, Caixa Econômica, Sicoob, Santander, Itaú, Agibank, Sicredi e Mercantil do Brasil, ou
validação dos dados com usuário e senha do Sistema de Gestão de Acesso (SIGEPE), caso seja um servidor público federal.
O nível Ouro é obtido por meio da:
validação facial pelo aplicativo GOV.BR para conferência da sua foto nas bases da Justiça Eleitoral, ou
pela validação dos seus dados com Certificado Digital compatível com ICP-Brasil.
Desenrola: 1,5 milhão com dívidas até R$ 100 vão ter nome limpo; veja regras
Próximas etapas do Desenrola
No último dia 12, terminou o prazo para bancos, varejistas, companhias de água, saneamento e energia, entre outros, aderirem ao programa Desenrola e informarem as dívidas que desejam renegociar. De acordo com o Ministério da Fazenda, 924 empresas se inscreveram no Desenrola.
Agora, as dívidas inscritas pelas empresas serão filtradas para checar se são débitos que podem ser incluídos no Desenrola.
No final da próxima semana, segundo o Ministério da Fazenda, se iniciará a fase de leilões. Aqui as empresas vão informar quanto de desconto estão dispostas a conceder para cada consumidor e quem oferecer os maiores descontos terão a garantia do programa.
A abertura da plataforma para a renegociação está prevista para o fim do mês, quando o público que tem renda de até R$ 2.640 (dois salários mínimos), ou está inscrito no CadÚnico, e tem dívidas de até R$ 5 mil negativadas até 31 de dezembro de 2022 poderá escolher a melhor oferta de desconto.
Câmara aprova PL do Desenrola, que prevê limite para juros no rotativo
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18/09 -
Cidade do ES é a 2ª com o maior número de galinhas do país; são 336 aves para cada morador
Santa Maria de Jetibá, na Região Serrana do Espírito Santo, é a segunda cidade com o maior número de galinhas e a maior produtora de ovos do país. Dez cidades do estado têm mais aves do que habitantes, segundo dados do IBGE. De acordo dados do IBGE, Santa Maria de Jetibá, no ES, é a segunda maior produtora de galinhas ado Brasil
Mariana Nedelcu/Arquivo REUTERS
O ditado popular é firme em dizer que "de grão em grão a galinha enche o papo", mas imagine ter que alimentar 336 aves? Isso aconteceria em Santa Maria de Jetibá, na Região Serrana do Espírito Santo, caso as mais de 14 milhões de galinhas que existem no município fossem divididas para cada morador da cidade.
De acordo o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município capixaba é a segundo maior produtor de galinhas do Brasil, com exatas 14.001.686 aves. A cidade fica atrás somente de Cascavel, no Paraná, com mais de 20 milhões destes animais.
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E, se onde há galinha, há ovos, o município também se destaca nessa produção. Apesar de ter a segunda população de galinhas, Santa Maria de Jetibá lidera o ranking nacional da produção de ovos. São 339,5 milhões de dúzias produzidas por ano.
Os dados são da Pesquisa da Pecuária Municipal realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em 2021, os números oficiais mais recentes.
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Como o número de moradores de Santa Maria, de acordo com o Censo 2023, é de 41.636 habitantes, caso as mais de 14 milhões de aves de da cidade fossem divididas de forma igualitária entre a população municipal, daria para cada santa-mariense ter 336 galinhas em casa.
Galos gigantes vendidos por até R$ 6 mil medem mais de um metro e têm
Até setembro de 2023, segundo a Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (Aves), todos estes animais eram produzidos por cerca de 110 produtores que, juntos, possuem 125 propriedades dedicados à avicultura.
As galinhas produzidas em Santa Maria de Jetibá representam ainda 92% da produção do Espírito Santo, que está em 7° lugar no ranking nacional, com 15.644.290 cabeças. O país produz, em média, 255,6 milhões destas aves.
O censo animal do IBGE destacou ainda que, assim como Santa Maria de Jetibá, outras oito cidades capixabas têm mais galinhas do que habitantes. São elas:
Cidades do ES que têm mais galinhas do que habitantes
Como alimentar tanta galinha?
Outra curiosidade é sobre os insumos para alimentar tantas aves. De acordo com a Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (Aves), o município consome em torno de 35 mil toneladas de milho por mês e cerca de 15 mil toneladas de farelo de soja no mês. E a produção de ovos?
Pergunta do dia - Quem veio primeiro: o ovo ou a galinha?
Onde tem galinha... tem ovos!
Ainda de acordo com o Censo do IBGE, não é só a produção de galinhas que tem destaque. Quando se trata dos ovos, o município de Santa Maria de Jetibá é principal produtor do país, com 339,5 milhões de dúzias por ano.
Saiba como diferenciar tipos de ovos de galinha
Reprodução/RPC
De acordo com a a Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES), 97% são de ovos brancos e 4,5% de ovos vermelhos.
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O diretor executivo da Aves, Nélio Hand, explicou ainda que a cidade atingiu essa produção devido a alguns fatores, como a influência da cultura pomerana, além da topografia e o clima que favorecem as questões de sanidade e ambiência para os animais
"A produção no município teve um desenvolvimento muito importante nas últimas décadas e a necessidade de criar meios alternativos na época da produção puramente agrícola, fez com que produtores há 60 anos buscassem meios para produzirem o esterco. Com isso, foram iniciadas as primeiras produções trazidas do Rio de Janeiro. Em conjunto, também houve a produção de ovos, que se transformou no principal meio da economia local.", disse Nélio.
Ainda segundo o diretor da Aves, a produção de ovos de Santa Maria de Jetibá não fica apenas no Espírito Santo.
"A produção de ovos do município tem como principal destino o mercado do Rio de Janeiro, absorvendo 41%, seguido do mercado local, com 21%, Minas Gerais, com 9%, e 23% para Bahia. O restante segue para alguns mercados das regiões Nordeste e Centro-Oeste", explicou.
68 cidades capixabas com mais moradores do que galinhas
Vitória, capital do ES
Luciney Araujo/Rede Gazeta
Enquanto Santa Maria de Jetibá domina a produção de galinha e de ovos do Espírito Santo, o levantamento do IBGE mostrou que a maioria dos municípios capixabas estão aquém desta realidade. De acordo com o instituto, 69 cidades têm mais habitantes do que galinhas.
Um dos destaques é justamente de Vitória, que tem apenas 107 galinhas contabilizadas. Já o número de habitantes da capital é de 322.869.
Marataízes, no Litoral Sul do Espírito Santo, também não tem a economia voltada para a avicultura. Apesar de ter um número de moradores parecido com o de Santa Maria de Jetibá (41.929), foram contabilizadas apenas 393 galinhas na cidade.
Veja os dados de cada cidade do ES:
Cidades do ES que têm mais habitantes do que galinhas
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