
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO
Tradição:
Fundada em 02/03/1989 na cidade de Sorocaba, onde teve a sua sede administrativa e operacional até 2015. Vindo a mudar para uma nova e moderna sede na cidade de Itú em janeiro de 2016, onde hoje funciona a sua matriz operacional e administrativa. Uma empresa consolidada com mais de 28 anos de atuação, se tornou uma empresa referencia, sempre em busca de inovação, buscando sempre resultados e desenvolvimento, não medindo esforços para sempre buscar a perfeição, nos serviços prestados. E em 2016, fundamos outra empresa do Grupo especializada em LOGISTICA e ARMAZENAMENTO, a MELHOR LOG, onde possuí uma área com galpões cobertos para armazenagem das mercadorias de nossos clientes, escritórios.
Termelétricas flutuantes na Baía de Sepetiba foram contratadas em 2021, a preços altos. Disputa entre governo e empresa foi mediada pelo Tribunal de Contas da União. O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (6) a renegociação de contratos do governo com quatro usinas de energia. Elas foram contratadas, via leilão emergencial, durante a crise hídrica de 2021 (leia mais abaixo). Segundo o Tribunal, com essa renegociação, a economia na conta de luz pode chegar a R$ 1,64 bilhão aos consumidores. Esse valor foi calculado com base no período de contratação das usinas. Trata-se de quatro termelétricas flutuantes de propriedade da companhia turca KPS. Elas estão instaladas na Baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro. Usinas termelétricas são acionadas devido alto consumo de energia em onda de calor O TCU está mediando os acordos, depois de o governo falhar em desfazer os contratos amigavelmente. As usinas foram contratadas por um preço alto quando havia pouca geração de energia por hidrelétricas, mas, com as chuvas, tornaram-se desnecessárias. Além disso, das 17 usinas contratadas, só uma entrou em operação no prazo. O impasse gerou disputas judiciais em que as empresas alegaram dificuldades para entrar em operação no prazo e pediram a isenção das multas. Com o acordo aprovado nesta quarta, governo e KPS devem abrir mão de ações judiciais. Nesse caso, o cálculo da economia leva em consideração dois cenários hipotéticos: ainda que as liminares na Justiça Federal resultassem em decisões favoráveis ao governo, com pagamento de todas as multas pela KPS e rescisão dos contratos, o acordo aprovado pelo TCU seria mais vantajoso e levaria à economia de R$ 80 milhões ao consumidor; mas, se a Justiça reconhecesse as ações da KPS, dispensando a empresa das multas e obrigando o governo a contratar a energia gerada nos termos dos contratos, o acordo desta quarta (6) representaria economia de R$ 1,64 bilhão. Para o relator, ministro Benjamin Zymler, a tendência era de que a Justiça pendesse para o lado da empresa. “O histórico do litígio Estado/empresas no setor elétrico não é favorável ao Estado”, disse. Entidades contestam Os valores, contudo, são questionados por entidades ligadas aos consumidores. A Frente Nacional dos Consumidores afirmou, em nota, que manter o contrato gera um custo de R$ 9,2 milhões aos consumidores. Isso porque, por descumprir os prazos, os contratos da KPS deveriam ser desfeitos. "Este é um acordo fechado sem a participação de quem paga a conta, ou seja, os consumidores. O resultado da mediação consensual do TCU é um baita prejuízo a ser pago pelos consumidores, que ainda por cima arcarão com um valor do KWh [quilowatt-hora, uma medida de energia] muito mais alto. Os consumidores não concordam e não se sentem defendidos nessa negociação", afirma o presidente da Frente, Luiz Eduardo Barata. Já a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace) disse, em nota, que o assunto poderia ter sido resolvido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), "que tinha todos os elementos para fechar essa questão no âmbito administrativo, com enormes ganhos para os consumidores". Entenda o impasse As quatro térmicas da KPS são: Karkey 013, Karkey 019, Porsud 1 e Porsud 2. Foram contratadas no Procedimento Competitivo Simplificado (PCS), em outubro de 2021. Os contratos têm vigência até 31 de dezembro de 2025, mas serão prorrogados por cinco meses para compensar o período em que ficaram sem funcionar por questões judiciais. O leilão de 2021 foi realizado às pressas, quando as chuvas escassas reduziram o nível de geração hidrelétrica e colocaram em risco o suprimento de energia elétrica. O governo queria evitar racionamento no ano seguinte. O certame determinava que as usinas entrassem em operação até 1º de maio de 2022, mas nenhuma das 14 termelétricas a gás natural conseguiu cumprir o prazo. Como resultado, acumularam multas milionárias. No caso da KPS, as multas são de R$ 1,1 bilhão. Essas penalidades serão reduzidas para R$ 336 milhões por causa do acordo celebrado. Em dezembro do ano passado, o governo publicou diretrizes para a rescisão amigável desses contratos. No entanto, as empresas não demonstraram interesse em encerrar os acordos. O processo passou então a ser mediado pela Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (SecexConsenso) do TCU.
Fenômeno da atualidade, artista mobilizou fãs ao redor do mundo com a turnê 'Eras', que garantiu entrada de Taylor ao seleto grupo de bilionários da Forbes. Taylor Swift surpresa com o Engenhão lotado em 1º show no Rio Stephanie Rodrigues/g1 O fenômeno Taylor Swift, que tem atingido sucessivos recordes, alcançou outro feito histórico. Com a "The Eras Tour", a artista norte-americana de 33 anos se tornou a primeira cantora da história a atingir, em carreira individual, uma fortuna bilionária com base apenas na renda de músicas e shows. O aumento do patrimônio da queridinha do pop — e sua consequente entrada no seleto grupo de bilionários da Forbes — foi potencializado justamente pela turnê que incluiu agenda de shows em São Paulo e no Rio de Janeiro. LEIA TAMBÉM: Análise: Taylor não tem voz incrível, nem melodias interessantes; por que, então, é tão popular? Como a turnê Eras ajudou empresa brasileira a quase dobrar lucros no 2º trimestre Taylor Swift bate recorde de público do Allianz Parque, em São Paulo Em um ano, a riqueza da loirinha dobrou: passou de US$ 570 milhões em 2022 para US$ 1,1 bilhão em 2023, segundo a Forbes. A casa do bilhão foi alcançada em outubro. A fortuna dela inclui mais de US$ 500 milhões oriundos de royalties e turnês, além de um catálogo de músicas de US$ 500 milhões e de outros aproximadamente US$ 125 milhões em imóveis. Com as cifras, Taylor ocupa a modesta 2.352ª posição no ranking da Forbes. Segundo a revista, a loirinha faz história ao se tornar a primeira musicista a entrar no ranking de bilionários apenas com base em suas músicas e apresentações. O reconhecimento é individual — ou seja, não inclui na comparação a soma de patrimônio de integrantes de uma mesma banda, por exemplo. Taylor Swift é eleita a 'pessoa do ano' pela revista Time Reprodução/Instagram Impactos econômicos e 'pessoa do ano' A grandiosidade da carreira e dos shows de Taylor pode ser percebida tanto em seus impactos quanto em números. A provável turnê mais lucrativa da história já incrementou bilhões de dólares à economia dos Estados Unidos, segundo o jornal "The Washington Post", e chegou a ser citada pelo Banco Central do país diante de seus reflexos econômicos. Especialista ouvido pelo periódico norte-americano chegou a estimar que a artista pode faturar até US$ 4,1 bilhões com os shows. Não à toa, em um ano que também contou com lançamento de filme sobre sua turnê, Taylor foi eleita a "pessoa do ano" pela revista Time. Show de Taylor Swift bate recorde de público em São Paulo Músicos bilionários, mas por outras rendas Na lista da Forbes, Taylor está atrás de Rihanna (2.099ª posição), que possui US$ 1,4 bilhão. Apesar de seus rendimentos com a música, a artista caribenha é bilionária graças ao sucesso de sua linha de cosméticos Fenty Beauty, segundo a revista norte-americana. A indústria da música também tem, desde 2019, Jay-Z no grupo de bilionários. A Forbes, entretanto, atribui a fortuna do rapper aos seus negócios de bebidas alcoólicas. Ele ocupa a 1.246ª colocação na lista dos mais ricos do mundo, com US$ 2,5 bilhões. O rapper e estilista Kanye West também fez parte do ranking, mas despencou após perder contrato da Yeezy, sua linha de tênis, com a adidas. A marca esportiva decidiu romper com o artista após ele fazer comentários antissemitas. Atualmente, Kanye tem patrimônio de "apenas" US$ 400 milhões.
Lista foi feita pela Revista Forbes, dos Estados Unidos, e Tarciana Medeiros aparece na 24ª colocação. Neste ano, ela foi escolhida presidente do banco estatal, se tornando a primeira mulher a atingir este cargo em 215 anos na instituição. Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil Dani Fechine/g1 A paraibana Tarciana Medeiros, atual presidente do Banco do Brasil, foi eleita uma das mulheres mais poderosas do mundo em ranking divulgado pela Revista Forbes, dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (6). Natural de Campina Grande, Tarciana ficou na 24ª colocação da lista que contabilizou 50 mulheres. Ela foi a única brasileira indicada. Ao lado de nomes como Úrsula Von der Leyen, presidente da comissão europeia; Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos; e ainda as estrelas da música como Taylor Swift e Beyoncé, a Forbes destacou o fato de Tarciana ter sido a primeira mulher a comandar o Banco do Brasil em 215 anos da instituição, que é a mais antiga do país e a segunda em toda a América Latina. LEIA TAMBÉM: Presidente do BB pede 'perdão ao povo negro’ por atuação do banco durante período de escravidão Quem é Tarciana Medeiros, primeira mulher a presidir o Banco do Brasil No perfil de indicação da revista, foi destacada também a atuação de Tarciana no combate às alterações climáticas e no papel que os bancos têm nessa questão ao redor do mundo. A lista foi determinada por quatro métricas principais: dinheiro, mídia, impacto e esferas de influência. A presidente do Banco do Brasil comemorou o reconhecimento e a importância que a indicação dela tem na lista das mulheres mais poderosas do mundo. “É uma alegria imensa poder ser reconhecida, poder inspirar outras mulheres, poder inspirar outras meninas, do que é possível quando nós temos oportunidades. Agradeço demais ao presidente Lula em me nomear e aos acionistas do banco que acreditam que é possível sim conciliar uma atuação comercial com uma atuação pública”, ressaltou. Presidente paraibana do Banco do Brasil comemora estar em lista de mais poderosas do mundo Quem é Tarciana Medeiros Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil alter Campanato/Agência Brasil Nascida na cidade de Campina Grande, na Paraíba, Tarciana Medeiros tem 45 anos e acumula uma longa trajetória dentro do Banco do Brasil, antes de se tornar a primeira mulher presidente da instituição. Em 1988, Tarciana iniciou sua carreira profissional como feirante, 10 anos depois atuou como professora, ingressando depois no Banco do Brasil em 2000. Ela era gerente executiva desde 2019. Também ocupou cargos de gerência de relacionamento e negócios, passando por unidades do Norte e do Nordeste, além da capital federal. Ela é formada em administração e pós-graduada em marketing e liderança, inovação e gestão. No banco, ela trabalhou em cargos na rede de varejo, agências e superintendências. Atuação como presidente do banco Lula e Tarciana Medeiros Adriano Machado/Reuters A presidente Tarciana Medeiros vem desempenhando um papel importante também na atuação social no Banco do Brasil, isso porque após o Ministério Público Federal (MPF) ter notificado o banco sobre a abertura de um inquérito civil público que investigou o envolvimento da instituição na escravidão e no tráfico de africanos durante o século 19 no país, ela pediu desculpas ao povo negro. Em nota, a declaração da presidente do banco veio acompanhada do anúncio de ações para promover a igualdade, a inclusão étnico-racial e combater o racismo estrutural no país. “Direta ou indiretamente, toda a sociedade brasileira deveria pedir desculpas ao povos negro por algum tipo de participação naquele momento triste da história. Neste contexto, o Banco do Brasil de hoje pede perdão ao povo negro pelas suas versões predecessoras e trabalha intensamente para enfrentar o racismo estrutural no país”, afirmou Tarciana. O pedido de desculpas faz parte de um acordo que o banco fez com o Ministério Público. Além disso, foi solicitado que o banco também reconheça a sua participação durante o período de tráfico de pessoas e apresente um "plano de reparação" as ações cometidas. A presidente do BB disse que o banco não se furta a aprofundar o conhecimento e encarar a real história das versões anteriores da empresa. “Mas o simples fato de sermos uma instituição da atualidade nos move a realizar atividades voluntárias com o compromisso público e com metas concretas para combater a desigualdade étnico-racial e buscar por justiça social no âmbito de uma sociedade que guarda sequelas da escravidão, independentemente de existir ou não qualquer conexão, ainda que indireta, entre atividades de suas outras versões e escravizadores do século XIX”, destacou. A lista da Forbes Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen durante evento Yves Herman/REUTERS Entre as mulheres escolhidas pela Revista Forbes estão grandes nomes de diversas áreas de atuação, seja política, econômica, social, artística e esportiva. Veja abaixo a lista. Ursula von der Leyen Christine Lagarde Kamala Harris Giorgia Meloni Taylor Swift Karen Lynch Jane Fraser Abigail Johnson Mary Barra Melinda Gates Julie Sweet Kristalina Georgieva MacKenzie Scott Gail Bourdreaux Emma Walmsley Ruth Porta Safra Catz Ana Patrícia Botín Carol Tomé Sandy Ran Xu Kathryn McLay Sara London Amy Hood Tarciana Medeiros Laurene Powell Catherine MacGregor Janet Yellen Gwynne Shotwell Phebe Novakovic Tsai Ing-wen Oprah Winfrey Nirmala Sitharaman Ho Ching Thasunda Brown Duckett Marianne Lake, Jennifer Piepszak Beyoncé Shari Redstone Kathy Warden Dana Walden Amanda Blanc Susan Li Marguerita Della Valle Adena Friedman MaryCallahan Lynn Martin Sheik Hasina Wajed Sir Mulyani Indrawati Gina Rinehart Lisa Su Vick Hollub Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
Crise na capital alagoana, causada por extração de sal-gema, vem em momento importante da empresa petroquímica, que recebeu no início de novembro oferta de estatal dos Emirados Árabes Unidos. Placa da Braskem ao lado de prédio que precisou ser evacuado em Maceió (AL) MAIRA ERLICH/BLOOMBERG VIA GETTY IMAGES/BBC A crise decorrente do risco de colapso de uma mina de exploração de sal-gema em Maceió (AL) tem colocado em foco a Braskem, empresa petroquímica global com origem no Brasil. O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL) informou na terça-feira (05/12) que multou a companhia em mais de R$ 72 milhões por problemas relacionados à mina 18, no bairro do Mutange. O IMA cobra que a empresa seja punida por danos ambientais, pelo risco de colapso e pela omissão de informações relativas à mina. Em nota enviada à BBC News Brasil, a Braskem disse ser "inverídica" a acusação de que omitiu informações ao IMA. "Foram feitas comunicações imediatas aos órgãos competentes, inclusive ao IMA, a respeito das alterações captadas nos dados da rede de monitoramento, bem como as medidas de segurança adotadas pela companhia", disse a empresa. Também na terça, a bolsa de valores brasileira, a B3, anunciou que, por conta da situação em Maceió, a Braskem foi excluída de seu Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) — que acompanha o desempenho dos ativos de empresas que se comprometem com questões ambientais, sociais e de governança corporativa. A Braskem não respondeu a um pedido de posicionamento feito pela reportagem sobre a decisão da B3. A empresa — a maior da América Latina no setor petroquímico e entre as maiores do mundo — afirma que segue monitorando a situação da mina 18, cujo risco de colapso fez a Defesa Civil de Maceió emitir um alerta no último dia 29 e forçou várias famílias a evacuarem suas casas. Em boletim sobre a crise divulgado pela Braskem em seu site na segunda (4/12), a empresa afirma que segue monitorando 24h por dia a situação da mina e que a área permanece isolada. Entretanto, a empresa constatou que a velocidade de movimentação do solo vem diminuindo e diz que não foram constatados novos tremores. O desenrolar da situação, no entanto, segue indefinido tanto para os moradores quanto para os negócios da empresa. Na sexta-feira (1/12), a agência de classificação de risco Fitch afirmou que a crise em Maceió ameaça os ratings (nota que busca indicar a capacidade de empresas e países de honrarem suas dívidas) da Braskem e seu fluxo de caixa. "Outro evento geológico nas instalações da petroquímica pode aumentar substancialmente o número de novas ações judiciais contra a companhia e impactar sua capacidade de acessar aos mercados de capitais, uma vez que os investidores estão mais restritivos e preocupados com questões ambientais, sociais e governamentais (ESG, na sigla em inglês)", diz a análise da Fitch. "No momento, as consequências de um potencial incidente ainda são incertas", afirmou a agência em comentário sobre a crise em Maceió. Na sexta-feira (01/12), o ministro dos Transportes e senador licenciado de Alagoas, Renan Filho, que foi governador de Alagoas, atribuiu a responsabilidade do caso à Braskem. "A responsabilidade da Braskem é total. No Brasil, a legislação ambiental impõe o crime a quem o pratica", disse ele. Procurada na ocasião, a empresa não se manifestou sobre a declaração do ministro. Sinalização de 'rotas de fuga' em Maceió MAIRA ERLICH/BLOOMBERG VIA GETTY IMAGES/BBC Em agosto, a Fitch havia classificado a Braskem com rating BBB- em escala global e AAA em escala nacional. A perspectiva em escala global foi rebaixada de estável para negativa, enquanto a métrica nacional se manteve estável. O rebaixamento a nível internacional foi justificado pela Fitch pela "elevada vulnerabilidade da Braskem à prolongada recessão do setor petroquímico". Por outro lado, a agência afirmou que "a diversificação geográfica e de matérias-primas é importante pilar do perfil de negócios da Braskem". O relatório anual de 2022 da Braskem mostra que sua receita foi de R$ 96,5 bilhões. Desde o dia 29, com o início de um novo capítulo da crise em Maceió, as ações da Braskem na B3 estão caindo. A crise vem em um momento importante para a empresa, que tem como maiores acionistas a Novonor (antiga Odebrecht) e a Petrobras — a primeira com 38,3% do capital total da Braskem e a Petrobras com 36,1%. No início de novembro, a Adnoc, empresa petrolífera estatal dos Emirados Árabes Unidos, fez uma oferta de US$ 2,1 bilhões (R$ 10,3 bilhões) para adquirir grande parte da participação da Novonor na Braskem. O jornal O Estado de S. Paulo publicou que, de acordo com uma fonte, a oferta não empolgou as partes. Uma reportagem da BBC revelou que os Emirados Árabes pretendiam usar a COP28, a Cúpula sobre Mudanças Climáticas, para solicitar apoio à ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, para "garantir o alinhamento e o endosso" à oferta pela Braskem. Questionada pelo jornal Folha de S.Paulo, Marina Silva afirmou que "em hipótese alguma" tratou do assunto com representantes dos Emirados Árabes. "Não tenho controle dos assuntos que as pessoas dizem que vão tratar [comigo], mas comigo não foi tratado. E se porventura tivesse, teria sido com a pessoa errada, por que o que tenho eu a ver com a Braskem?", disse a ministra ao jornal. Ela também fez declarações sobre a mina da Braskem em Maceió. Na Alemanha, Marina Silva afirmou na terça-feira que o empreendimento na capital alagoana é "desastroso" e pediu maior rigor nos processos de licenciamento ambiental. Enquanto isso, a Braskem decidiu cancelar sua participação na COP28 por conta do "agravamento da crise em Maceió". 'Amarei eternamente minha casa', diz pichação em Bebedouro, um dos bairros afetados em Maceió THIAGO SAMPAIO/EPA-EFE/REX/SHUTTERSTOCK/BBC Em seu site para investidores, na seção "Controvérsias", a Braskem explica o seu histórico de exploração de sal-gema em Maceió. A empresa afirma que explorava o sal desde 2002, uma matéria-prima para a produção de clorossoda e dicloretano. Em 2018, foram registradas as primeiras rachaduras em prédios e casas, além de um tremor na cidade. Em 2019, foi apontada como possível causa dos incidentes a atividade da Braskem. Houve evacuação nos bairros de Pinheiro, Mutange e Bebedouro. "Em 9 de maio de 2019, a Braskem preventivamente decidiu paralisar as atividades de extração de sal-gema na região, e nesse contexto, iniciou um projeto de investimento para a aquisição de sal marinho de terceiros como matéria-prima para a planta em Alagoas", diz o site da empresa. A Braskem responde a várias ações judiciais pela situação em Maceió, incluindo ações civis públicas e ações individuais. A empresa já firmou alguns acordos com o Ministério Público e a Defensoria Pública, nos níveis estadual e federal. Segundo cálculos do portal UOL, a Braskem já desembolsou R$ 9,2 bilhões em compensações financeiras ao poder público e a moradores desde 2020. A empresa afirma que, até o fim de outubro, apresentou 19.085 propostas de compensação às famílias, das quais 18.533 foram aceitas e 17.828 foram pagas. Planta da Braskem em Duque de Caxias (RJ) MARIA MAGDALENA ARRELLAGA/BLOOMBERG VIA GETTY IMAGES/BBC Em um relatório do fim de setembro, a Braskem afirmou que, embora já tenha acordos em andamento e tenha separado verbas para isso, o custo final da situação ainda não pode ser previsto. "A companhia não pode descartar futuros desdobramentos relacionados ao evento geológico de Alagoas, ao processo de realocação e ações nas áreas desocupadas e adjacentes, de modo que os custos a serem incorridos pela Braskem poderão ser diferentes de suas estimativas e provisões", diz um trecho do documento da empresa. A Braskem foi fundada em 2002 a partir da integração de empresas dos grupos Odebrecht e Mariani, ambos brasileiros. Hoje, a empresa tem escritórios e unidades industriais em 11 países. O leque de produtos da empresa inclui solventes, resinas e outros produtos químicos usados em várias indústrias, como as de embalagens de alimentos, automobilística e de produção de tintas.